Caso de polícia – Reeleita para a prefeitura do Guarujá com o apoio do vice-presidente Michel Temer, do governador Geraldo Alckmin e do Partido dos Trabalhadores, a peemedebista Maria Antonieta de Brito conseguiu a proeza de fazer com que sua ineficiência administrativa colocasse a cidade do litoral paulista no noticiário internacional.
Conhecida no passado como a “Pérola do Atlântico”, a cidade do Guarujá tornou-se terra de ninguém, um faroeste à beira-mar e a céu aberto. Políticos corruptos que não dividem o dinheiro roubado como combinado, são assassinados por comparsas, mas a culpa é colocada no colo de alguém que nada tem a ver com o crime. E o assunto morre na delegacia como se fosse uma atitude normal do Estado.
Quem tem imóveis no Guarujá e insiste em descansar na cidade ou lá gozar o período de férias precisa estar preparado, pois quem manda na cidade não é a prefeita, mas os marginais. A insegurança chegou a tal ponto, que alguns condomínios exclusivos contrataram equipes de segurança para proteger os moradores. Antes de chegar à cidade, ainda no trecho final da rodovia, o dono do imóvel telefona para uma central e seguranças de moto farão sua escolta até o condomínio.
Roubos, furtos e assassinatos ocorrem na orla marítima, como se a população e os turistas fossem obrigados a conviver com o caos da segurança pública. Para desespero dos moradores do Guarujá, a cidade foi manchete no site da CNN, em matéria cujo título é pouco convidativo: “Guaruja Beach – São Paulo – Land without Law – Nice view, to much thieves” (Guarujá – São Paulo – Terra sem lei – Linda vista, ladrões demais), destacou o jornalista Manoel Vergara, do blog “Os Inconfidentes”.
Como se pouco representasse esse cenário de degradação da segurança pública, o Guarujá foi transformado nos últimos anos em uma usina de corrupção, movimento criminoso incontrolável por causa do poder político e dos relacionamentos dos envolvidos no esquema.