Nós, os alienígenas – A primeira a expedição a Marte acontecerá dentro de dez anos, como já anunciado, mas os voos à Lua e a criação de base permanente no satélite natural da Terra serão tarefas perfeitamente viáveis já nos próximos anos.
Na Lua é possível observar não apenas marcas da própria evolução, mas também de parte do Sistema Solar. A Lua é única neste sentido, uma vez que não tem atmosfera e registra fracos sinais de atividade vulcânica e tectônica. Por isso os cientistas lá encontraram vestígios de processos ocorrido há cerca de 4,5 bilhões de anos, os quais estão sob estudo, destaca o colaborador do instituto astronômico Sternberg, Vladislav Shevchenko.
“A Lua já é considerada como objetivo para a solução de tarefas práticas. Na qualidade de infra-estrutura cósmica da Terra, a Lua nos próximos 10-20 anos poderá se tornar fonte de energia e de recursos materiais. Trata-se da energia solar, que na Lua será coletada e depois transformada em elétrica em ampla escala. Segundo: hoje os economistas falam de escassez de metais de terras raras, usado em altas tecnologias. Somente em dois anos o preço do quilo saltou de 10 para mais de cem dólares. Agora a China é monopolista neste campo e dita as condições no mercado mundial, e na Lua, como mostraram as últimas pesquisas, há regiões onde se pode encontrar metais do grupo da platina em grandes quantidades, que se aproximam da escala industrial”, declara Schvchenko.
Na opinião do cientista russo, na primeira etapa de aproveitamento da Lua serão criadas bases robotizadas, automáticas, que serão atendidas por operadores que trabalharão por turnos. Somente depois deste processo inicial é que serão construídas as estações habitáveis. O homem é necessário na Lua e no cosmos em geral, somente lá onde sem ele não se pode passar – salienta o dirigente científico do Instituto de política cósmica Ivan Moiseev
“Se nós falamos de criação de bases na Lua esta é uma estratégia correta. As bases são necessárias para obter combustível e materiais de construção no cosmos. Porque é muito difícil levá-los da Terra. É necessário dominar a produção com materiais lunares”, afirma Moissev.
O cientista russo Vladimir Barmin tratou diretamente do projeto da base Zvezda, a primeira base lunar no mundo. Entre seus colegas até mesmo surgiu o termo “Barmingrad”, que em tradução livre seria “Barminópolis”.
Segundo Vladislav Shevchenko, para garantir a segurança da tripulação contra a queda de meteoritos e radiações fortes, os blocos serão enterrados no solo lunar. As pesquisas anteriores mostraram tratar-se de um isolamento muito bom e que garante a segurança contra a radiação. Em outras palavras, a construção da base lunar não deverá começar do zero. Projetos técnicos sobre este tema já existem na Rússia e nos Estados Unidos. (Com informações da Rádio A Voz da Rússia)