Pedal quebrado – A esquerda festiva brasileira pode estrebuchar, mas o governo do PT, sustentado por muitos partidos pseudo-socialistas, é de incompetência atroz. Além de alcançar a proeza de paralisar o País, deixando a economia em quase estagnação, o Palácio do Planalto conseguiu não apenas corroer o valor da Petrobras, mas inviabilizar o fluxo de caixa da estatal petrolífera.
A empresa, que já foi a segunda colocada no ranking mundial das petrolíferas, tem atrasado sistematicamente pagamentos a fornecedores e causado sérias dificuldades financeiras aos prestadores de serviços. Isso acontece porque a empresa, depois de acumular prejuízos bilionários, adotou um plano de redução de custos na divisão de Abastecimento, aumentos de custos e produção estagnada. Para complicar ainda mais o fluxo financeiro, a Petrobras enfrenta aumento de preços e problemas no setor produtivo.
O atraso tem provocado um efeito dominó e já atingiu, inclusive, os fundos de recebíveis criados para financiar os prestadores de bens e serviços da companhia, que alterou a política de pagamentos e passou a analisar com maior rigidez os contratos com os fornecedores.
A situação de dificuldade porque passa a Petrobras vai além do imaginário. Alguns investidores, com dinheiro disponível, criaram pequenas instituições financeiras para, em operações de crédito, antecipar o pagamento aos fornecedores que têm duplicatas a Petrobras. Há dias, muitos desses investidores já começavam a externar sinais de preocupação com a situação da empresa, que perdeu parte do seu valor real e tem visto suas ações enfrentarem solavancos na Bolsa de Valores.
Essa engrenagem financeira paralela que foi criada à sombra do gigantismo da Petrobras pode parar de uma hora para a outra se o atraso nos pagamentos se estender por muito tempo. Se isso acontecer, a economia nacional sofrerá um impacto considerável e a credibilidade do Brasil como destino de novos investimentos ficará na corda bamba.
Tal cenário, se confirmado, atrapalhará sobremaneira o governo da presidente Dilma Rousseff, que mesmo sofrendo de letargia conta com investimentos privados estrangeiros em obras de infraestrutura.