Dilma analisa redução da tarifa de energia e aumento da gasolina e mostra que é estreante em economia

Perdida entre números – A economia brasileira está em estado paralítico porque as orientações e decisões finais sobre as ações para reverter a crise passam impreterivelmente pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, que, dizem, é especialista no assunto. Mas não é isso que os brasileiros têm visto no dia a dia.

Sem ter o que falar sobre a paralisia econômica e a falta de investimentos em setores estruturantes, Dilma disse, nesta terça-feira (5), que a redução da tarifa de energia elétrica foi de até 32%, enquanto o aumento da gasolina foi de 6,6%.

Em primeiro lugar é preciso lembrar que antes da redução, que varia entre 18% e 32%, a tarifa de energia elétrica sofreu aumento de 6,45% a 19,26%, o que faz com que a ação pirotécnica do governo federal seja coberta de inocuidade.

O mais correto, mas que o governo se recusa a fazer, seria devolver aos consumidores os R$ 7 bilhões cobrados a mais na conta de luz. Para não ter de desembolsar esse dinheiro, o Palácio do Planalto prefere gastar R$ 8,5 bilhões por ano para indenizar as geradoras de energia, porque nenhuma empresa é casa de caridade. Qualquer empresa abre as portas com o intuito de auferir lucro, não sendo a presidente Dilma Rousseff a pessoa que ordenará que uma companhia tenha prejuízo por causa da conhecida incompetência de um governo paralisado.

Em relação ao aumento do preço da gasolina e a comparação com a redução da tarifa de energia, Dilma mostra que de economia nada entende. A majoração do preço dos combustíveis – gasolina e diesel – terá impacto cumulativo em toda a cadeia produtiva e de prestação de serviços, fazendo com que o preço final ao consumidor suba muito além das projeções palacianas.

Traduzindo para o bom e velho idioma que desembarcou das naus de Pedro Álvares Cabral, essa ação do governo é para inglês ver e em seguida morrer na praia.