Com inflação fora de controle, preço da cesta básica sobe em janeiro e salário mínimo já está corroído

Rédea solta – Em janeiro, o preço da cesta básica subiu em todas as 18 capitais que analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas ocorreram em Salvador (17,85%), Aracaju (13,59%), Natal (12,48%) e Brasília (11,30%).

Um dos produtos que mais contribuíram para a majoração do custo da cesta básica, no primeiro mês do ano, foi o tomate, cujo preço sofreu subiu em decorrência do excesso de chuvas. Farinha, feijão, arroz e carne bovina subiram de preço em janeiro e ajudaram para que o preço da cesta básica aumentasse.

Entre as capitais pesquisadas, São Paulo é a que apresenta a cesta básica mais cara do País (R$ 318,40). Na sequência estão as de Vitória (R$ 315,38), Porto Alegre (R$ 309,33) e Florianópolis (R$ 309,21). A mais barata é a de Aracaju, que em janeiro custava, em média, R$ 231,80.

Nos últimos onze meses, o preço da cesta básica registrou aumento superior a 10% em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese. De acordo com o órgão, o salário mínimo ideal, suficiente para suprir as necessidades do trabalhador e de sua família, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser R$ 2.674,88 em janeiro, ou seja, quase quatro vezes o valor do salário mínimo atual, que é de incríveis R$ 678.

Os números da pesquisa do Dieese mostram que o governo da presidente Dilma Rousseff caminha na contramão da lógica ao insistir no consumo interno como forma de reverter a crise econômica. Se o cidadão já enfrenta dificuldades de sobrevivência com os salários atuais, empurrá-lo ao consumismo é um ato de covardia que serve apenas para camuflar a incompetência das autoridades.

O PT chegou ao poder central a reboque do discurso da moralidade e das soluções inimagináveis. Lula, que permaneceu no Palácio do Planalto durante oito anos, conseguiu colocar o Brasil na rota do descenso, arruinando a economia nacional e ressuscitando a inflação, que agora está fora de controle.

Sem saber o que fazer para debelar a crise, Dilma e o ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, sempre surgem em cena com enorme atraso e acenando com uma solução pontual e ineficaz, quando o problema do Brasil é estrutural e exige uma reforma ampla. E isso só não acontece porque o PT tem um projeto totalitarista de poder e Dilma está de olho na reeleição.