À espera do troco pelo apoio a Haddad, Chalita foi despejado de ministério antes de assumir

Sem ministério – O apoio do PMDB à candidatura de Fernando Haddad no segundo turno da disputa pela prefeitura paulistana não saiu de graça. E todos os eleitores da maior cidade brasileira sabiam disso. Deputado federal e ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita recebeu a promessa palaciana que ganharia um cadeira na Esplanada dos Ministérios em troca de seu apoio ao candidato petista.

A primeira ideia da presidente Dilma Rousseff foi acomodar Chalita no Ministério de Ciência e Tecnologia, mas a chiadeira da classe científica a obrigou mudar de ideia. Como quem está no cargo deve ficar, Dilma, na minirreforma que deve acontecer depois do Carnaval, terá de criar uma vaga para Gabriel Chalita, uma vez que todas as outras já existentes estão ocupadas ou prometidas.

Uma das alternativas é sacar Ideli Salvatti da Secretaria de Relações Institucionais, onde pouco sucesso tem alcançado na articulação política do governo, colocando em seu lugar o irrevogável Aloizio Mercadante. O que não significa que o desempenho da Secretaria melhorará sensivelmente. Será uma troca de seis por seis e meio.

Com essa mudança, Dilma conseguiria liberar o Ministério da Educação, onde seria acomodado Gabriel Chalita, aumentando assim as benesses concedidas ao PMDB, que no Congresso Nacional pode se rebelar contra o Palácio do Planalto a qualquer momento, principalmente se considerarmos os integrantes do partido que estão no comando das duas Casas legislativas, além do líder da legenda na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.