Inventando a roda – O Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, mais uma sigla inventada no governo Lula para enganar a opinião pública e incensar a candidatura da então ministra da Casa Civil, continua o mesmo fiasco que todos conhecem. Para dar tratos à bola e maquiar a dura realidade do programa, que inclui obras paradas e outras que não saíram do papel, o governo federal, por meio do Ministério do Planejamento, anunciou que criará um novo método de avaliação do programa.
De acordo com a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, haverá mudança nas medições de execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com o objetivo de acelerar o andamento das obras de infraestrutura. Segundo Belchior, as medições das obras serão feitas em quatro etapas distintas: aos 40%, 60%, 90% e, a última, no momento de fechar o contrato. Só depois de cada medição é que os recursos serão liberados. Ou seja, alguém precisa investir antes para que o governo acione sua conhecida pirotecnia depois.
“Estamos fazendo uma aposta aqui que, com isso, vamos conseguir aumentar a velocidade”, disse a ministra Miriam Belchior durante encontro com governadores.
Esse anúncio mostra que o governo sofre de letargia e tenta acelerar um programa que era de aceleração do crescimento, que, pelo contrário, não aconteceu. Na verdade, o PAC, que por incompetência ganhou até uma segunda edição (PAC 2) e teve nomenclaturas agregadas, não passa de um ajuntamento de obras debaixo de uma sigla embusteira. Como esse anúncio, o Brasil pode se preparar para registrar expressivo crescimento da economia daqui a dois ou três anos, se é que isso não é excesso de otimismo de nossa parte.
Por outro lado, é preciso saber se essas novas regras de medição das obras não representam mais um espetáculo de ocultismo do governo da presidente Dilma Rousseff, que nos últimos dois anos, auxiliada por assessores, se especializou em mágicas típicas de circos mambembes de periferia.