Embalado por um projeto de poder e pela lufada socialista, governo do PT não larga a fantasia da contradição

Esquerda, volver! – Definitivamente o PT é um partido político que se alimenta no cocho da contradição. Quando visitaram os irmãos-ditadores Raúl e Fidel Castro, em Cuba, Lula e Dilma Rousseff se esquivaram de comentar as torturas impostas aos adversários do regime da ilha, sob a alegação pífia de que o Brasil não interfere em questões internas de outras nações, mesmo que o assunto seja violação de direitos humanos. O mesmo aconteceu ao Irã e outros tantos países ao redor do planeta que adotam essa forma covarde de anulação da opinião divergente.

É preciso lembrar que violação dos direitos humanos não tem bandeira, não tem nacionalidade e muito menos fronteira. É crime contra a humanidade e ponto final. No Brasil, a reboque de um revanchismo travestido, o PT se empenhou para criar a chamada Comissão da Verdade e desvendar alguns crimes cometidos durante a ditadura militar e continuavam na obscuridade. E para isso a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, que sempre silencia diante das atrocidades cometidas em Cuba, sempre tem voz para defender o esclarecimento da história.

Cá não estamos a defender os crimes cometidos por militares durante a ditadura, mas a exigir que o tratamento seja isonômico, o que jamais acontecerá, colocando a história em pratos limpos e sem proteger um ou outro. Contudo, os crimes cometidos pelos atuais donos do poder continuarão impunes, à sombra de uma desculpa esfarrapada qualquer.

As contradições que emolduram o PT não param por aí. O partido, que se instalou no poder com o objetivo de ficar durante longos anos, tem agido sorrateiramente para tirar de algumas obras públicas os nomes de militares usados para batizá-las. Alegam que os operadores da era plúmbea brasileira não podem ser homenageados. No contraponto, o governo do mesmo PT aceita uma renúncia fiscal de quase R$ 5 milhões para colocar a imagem do nada santo Ernesto Che Guevara nos instrumentos musicais da bateria da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro.

Quando algum país capitalista toma alguma medida interna no âmbito fiscal ou econômico, o Palácio do Planalto não demora a soltar seus brados de indignação, justificando que se trata de uma ação predatória dos países desenvolvidos contra o resto do mundo. Pois bem, na última sexta-feira (8), o governo da Venezuela desvalorizou a moeda local para maquiar um desajuste fiscal nas contas oficiais, o que ajudará o país na exportação de alguns poucos produtos e também de petróleo, mas o Palácio Miraflores não mereceu qualquer crítica da companheirada petista.

Na seara do esporte o PT também exerce a incongruência. Com vistas aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o governo da presidente Dilma Vana Rousseff, por meio do ministro Aldo Rebelo, comunista de quadro costado, firmou parceria com o governo cubano para o desenvolvimento de atletas. Primeiro é preciso destacar que em Cuba não o que fazer e os nativos acabam se dedicando ao esporte como forma de ter a oportunidade de deixar a ilha e em algum momento desertar.

Em segundo lugar, a parceria esportiva que a companheira de armas Dilma endossou deveria ser selada com países que tiveram bom desempenho na última edição da Olimpíada, em Londres. O primeiro lugar no ranking de medalhas mais uma vez ficou com os Estados Unidos. Cuba ficou apenas na décima sexta posição, à frente do Brasil, que terminou em vigésimo segundo. Até agora não se tem notícia de algum atleta estrangeiro que tenha ido a Cuba para melhorar sua capacidade competitiva, pelo contrário.