Ministros alimentam o besteirol que tenta camuflar a incompetência de um governo letárgico

Inventando moda – É enorme a capacidade de alguns petistas para camuflar a incompetência de um governo inerte e sem perspectiva. Que o PT não tem quadros à altura para comandar uma nação com dimensões territoriais e problemas de toda ordem não é novidade, mas não se pode brincar de governar apenas porque uma dúzia de tiranos camuflados tem um projeto de poder.

A economia continua cambaleando, mas os gênios palacianos arrumam desculpas para todas as intempéries do setor. Guido Mantega, ainda ministro da Fazenda, já esgotou seu estoque de justificativas, mas o descanso durante o Carnaval pode ter lhe permitido criar novos embustes. Apesar do que ouviremos pela frente, uma coisa é certa: a conta não fecha.

No âmbito da reforma agrária, os integrantes dos movimentos que ocupam a propriedade alheia como se o Brasil não tivesse um conjunto legal, o governo tropeça de maneira vergonhosa. Longe do discurso de querer trabalhar, os integrantes dos tais movimentos sociais transformaram os assentamentos em favelas. Sem ter o que explicar, a presidente Dilma Rousseff escalou o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, para empurrar o assunto. Carvalho disse na última semana que a redução do número de assentados ostra que a reforma agrária está sendo realizada de forma sustentável. Religioso que é, Gilberto Carvalho já não se lembra que mentir é pecado.

Mas engana-se quem pensa que o besteirol petista acaba por aqui. Sem saber se desvaloriza o real e impulsiona a indústria ou desvaloriza o dólar e controla a inflação, o governo está perdido em relação à política cambial. Como o PT é um agrupamento de herdeiros de Aladim e sempre há alguém com o besteirol acionado, coube ao ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento – aquele que das consultorias milagrosas – colocar em cena o “Febeapa” (Festival de Besteiras que Assola o País), com a devida licença do saudoso e genial Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta.

Com a moeda norte-americana vivendo momentos de gangorra no Brasil, Pimentel disse, com ares de último dos gênios, que o dólar é vigilante. Ou seja, no economês, que já convivia com as incertezas do dólar flutuante, agora tem de enfrentar o vigilante. Definitivamente a Esplanada dos Ministérios foi transformada em uma usina de bobagens, tracionada pela incompetência e corrupção.