Fim do mundo – Mais rica cidade brasileira, quarta maior cidade do planeta, centro financeiro do País, palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, São Paulo é o retrato da falência do poder público. Mais uma vez, por causa de uma chuva intensa e que durou poucos minutos, a cidade parou, submergiu. Inundações, alagamentos, árvores caídas em diversos pontos da cidade, semáforos apagados, trânsito caótico, interrupção no fornecimento de energia elétrica, telefones pararam de funcionar, celulares entraram em pane. São Paulo é a ilha do caos.
Fernando Haddad, o preposto de Lula, não apenas recebeu o apoio do antecessor, Gilberto Kassab, como ao seu grupo deu um quinhão da prefeitura, o setor de turismo. Por isso Haddad não pode falar mal de Kassab, que até outro dia era um ferrenho adversário do PT, mas agora aguarda um ministério no governo de Dilma Rousseff.
Se por um lado Fernando Haddad está sendo politicamente coerente, apesar de toda a incoerência que a política representa, por outro ele é covarde ao não dar uma satisfação aos paulistanos, que têm acumulados prejuízos incalculáveis, o máximo que o prefeito fez foi colocar alguns dos seus estafetas para dar desculpas que não convencem. Por ironia do destino, nesta terça-feira (19) Haddad participou de um encontro para discutir o desenvolvimento sustentável da capital paulista, uma cidade que não suporta dez minutos de chuva sem entrar em colapso.
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