Fisiologismo e oportunismo impediram a criação da Comissão de Saúde na Câmara, diz Caiado

Roendo a corda – Líder do Democratas na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO) protestou na tarde desta terça-feira (26) contra a decisão de dividir apenas a Comissão de Educação e Cultura. “Essa decisão foi extremamente tendenciosa, fisiológica e oportunista”, declarou o parlamentar. Na última semana, em reunião do colégio de líderes, foi aprovada, por unanimidade, também a criação da Comissão de Saúde, desmembrando a Comissão de Seguridade Social e Família. A instituição de um colegiado específico para discutir projetos ligados a saúde do País é um bandeira antiga do líder do Democratas.

“O acordo havia sido feito: ou manteríamos as 20 comissões existentes ou seriam separadas mais duas: Saúde e Seguridade; Educação e Cultura. Atendendo o pedido – acredito do governo – houve o recuo. A saúde hoje é o maior clamor da sociedade”, criticou Caiado. O parlamentar goiano afirmou que decisão foi amparada em norma constitucional que sugere o tratamento conjunto de seguridade e saúde, situação que pode ser facilmente contestada. “Se essa norma prevalecesse teríamos que fechar dois três ministérios”, reiterou o líder, lembrando que hoje existem os Ministérios da Saúde, da Previdência e do Desenvolvimento Social.

Além disso, Ronaldo Caiado informou que em relação a temas relacionados à saúde há 237 projetos prontos para discussão e apreciação na Comissão de Seguridade Social e Família. “Estaríamos criando mais uma comissão para debater um quadro que é urgente no País hoje, vide a situação da dengue, dos hospitais de urgência, vide o quadro caótico da saúde no Brasil. O tema mais relevante do País não tem uma comissão específica nessa Casa” afirmou. O deputado reforça que hoje há 20 mil casos de dengue no Brasil com nove mortes apenas em seu estado de origem – Goiás.