Dilma envia mensagem ao papa, mas deveria imitar o pontífice e expor as mazelas de seu governo

Encenação oficial – Na manhã desta quinta-feira (28), a presidente Dilma Vana Rousseff enviou mensagem ao alemão Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, que às 16 horas (horário de Brasília) encerra seu pontificado. Trata-se da primeira manifestação oficial da presidente da República desde a decisão do papa de deixar o comando da Igreja Católica, anunciada no último dia 11.

Antes da presidente, apenas os ministros Antônio Patriota e Gilberto Carvalho, das Relações Exteriores e da Secretaria-Geral da Presidência, respectivamente, haviam se pronunciado sobre o tema. Na mensagem de Dilma, que foi publicada no Blog do Planalto, Dilma afirma respeitar a decisão de Ratzinger, destacando os gestos de apreço do papa pelo Brasil, como, por exemplo, a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede da Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho próximo, e a canonização do primeiro santo brasileiro, Frei Galvão, realizada em 2007.

Ao encerrar a mensagem, a presidente deseja a Bento XVI, que após a renúncia será chamado de papa emérito, que “essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz”.

Em sua última audiência pública, na Praça São Pedro, diante de mais de 200 mil fiéis, o papa Bento XVI precisou de muita coragem para tomar tal decisão e que isso representa seu amor pela Igreja Católica. Se isso é de fato verdade nunca se saberá, mas o que Ratzinger fez por algum motivo é o que Dilma Rousseff ou qualquer outro presidente em seu lugar deveria fazer diante da inoperância inconteste do governo e dos seguidos escândalos de corrupção, que só têm vindo à tona porque estão sob controle, pelo menos por enquanto.

Confira abaixo a mensagem enviada pela presidente Dilma Rousseff ao papa Bento XVI

“Santo Padre,

Ao findar o seu Papado, manifesto o meu respeito pela decisão de Vossa Santidade de renunciar à Cátedra de S. Pedro.

Nesta oportunidade, recordo os gestos de apreço com que o meu país foi distinguido nesses últimos anos. São marcos históricos no relacionamento entre a Santa Sé e o Brasil a escolha de Aparecida do Norte para sediar a V CELAM, que ensejou a sua visita ao país, a canonização do primeiro Santo brasileiro, Dom Antonio Galvão de França, assim como a histórica decisão de realizar a Jornada Mundial da Juventude na cidade do Rio de Janeiro.

Desejo que essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz.

Respeitosamente,

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil”