Colapso do sistema privado de saúde é reflexo da forma obtusa com que o PT governa o Brasil

Sem cabeça – Escolhido por Lula como candidato do PT ao governo paulista, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já está em campanha antecipada. E como sempre acontece, o populismo barato e a falta de visão da realidade dominam a cena.

Nesta terça-feira (5), Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) e o Ministério da Saúde anunciaram uma nova medida, que entra em vigor em maio e permitirá que os clientes de planos de saúde exijam das operadoras informações, por escrito, sobre os motivos que levam as empresas a negar autorização para procedimentos médicos.

De acordo com o já candidato e ainda ministro Alexandre Padilha, a medida proporcionaram, além de mais transparência, informação que ajudará o beneficiário a buscar ressarcimento de sua operadora por conta de procedimentos médicos que precisou pagar devido à recusa da operadora do plano de saúde.

“O beneficiário vai poder usar esse documento para contestar a decisão [do plano de saúde] junto à ANS e mesmo à Justiça. Além disso, é uma medida pedagógica, no sentido de melhorar a atenção dos planos à saúde dos beneficiários”, disse Padilha.

O ucho.info não tem procuração para defender as operadoras de saúde, que têm errado seguidamente, e muito menos é financiado pelo setor, mas é preciso analisar a questão de forma mais ampla.

Como sempre afirmamos em nossas muitas matérias, uma nação não pode ser administrada sem doses mínimas de planejamento. Se continuar sendo administrado como um botequim de porta de fábrica, como os que Lula sempre frequentava nos tempos de sindicalismo, em breve o Brasil há de se tornar inviável em todos os sentidos. E será o primeiro passo para que o País se transforme em uma versão agigantada da Venezuela, onde o embuste socialista foi a senha para o caos.

Ciente de sua incompetência e de que o tempo para sustentar a mentira seria curto, Lula tratou de fazer tudo às pressas. A repentina geração de empregos, às custas do consumismo, provoca um desordenamento conceitua e prático que coloca qualquer mercado, mesmo que minimamente preparado, à deriva.

Com a chegada de novos trabalhadores às empresas, esses passaram a se beneficiar de planos de saúde contratados anteriormente no âmbito coletivo e com condições pré-fixadas. O meteórico aumento de usuários fez com que os planos se tornassem inviáveis financeiramente da noite para o dia. E para honrar o compromisso assumido e garantir um mínimo de lucro, a saída é rever custos e evitar despesas, o que em muitos casos se dá pela não autorização de determinados procedimentos médico-hospitalares. A título de comparação, é o mesmo que tentar colocar a água de um oceano na piscina do terraço. Algo de errado há de acontecer.

Estimular a economia é algo muito sério e que exige conhecimento amplo, sob pena de uma medida errada colocar a perder tudo o que foi construído com muito esforço. Para o governo foi conveniente a migração de muitas pessoas para os planos de saúde, pois desafogou o sistema público.

Nenhuma empresa privada é criada para dar prejuízo, exceto as estatais, que são custeadas com o suado dinheiro do contribuinte. Colocar a Agência Nacional de Saúde Suplementar para impor regras radicais e aplicar sanções é muito fácil. O mais correto é impedir a venda de novos planos e condicionar o ingresso de usuários a regras que não comprometam o sistema.