Dilma e o PT batem duro em Eduardo Campos nos bastidores, mas Palácio do Planalto nega retaliações

Ringue político – Jamais deve-se acreditar nas palavras de um político sobre o palanque ou diante de câmeras e microfones em temporada eleitoral. Como a campanha presidencial começou com mais de um ano de antecedência por decisão de Lula, que está ciente do fracasso em que se transformou o governo do PT, Dilma Rousseff já começa a abusar da dicotomia. Se diante de eleitores incautos Dilma fala como se fosse presidente de todos os brasileiros, nos bastidores do poder ela mostra o reverso e parte para a retaliação.

Com Eduardo Campos (PSB) sendo cada vez mais apontado como candidato ao Palácio do Planalto, dificultar a vida do pernambucano é ordem dentro do PT. Tanto é assim, que Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo e um dos megafones de Lula, já anunciou que o caminho de Campos será fácil. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Marinho foi claro no recado que mandou para o Palácio das Princesas, sede do Executivo pernambucano: “Ninguém vai ficar de joelhos para Eduardo Campos não ser candidato”.

No final da noite de domingo (10), a assessoria da Presidência da República divulgou nota informando ser improcedente a matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” sobre a redução no repasse voluntário de verbas federais aos projetos apresentados pelo governo de Pernambuco, o que desde 2012 é considerado um revide à eventual candidatura de Eduardo Campos.

Os petistas continuam acreditando que são donos do Brasil e que por aqui podem mandar e desmandar, como se o desejo alheio nada representasse. O plano petista é reeleger Dilma Rousseff em 2014 e, eventualmente, abrir caminho para Campos em 2018.

Presidente nacional do PSB, Eduardo Campos deve estar atento caso decida manter a candidatura que ainda é oficiosa, pois o jogo petista é baixo e imundo. Considerando que atacar o PSB seria um tiro pela culatra, pois o partido ainda faz parte da base aliada, o PT deve usar outras estratégias sorrateiras para impedir o crescimento da candidatura do neto de Miguel Arraes.

Longe de ser um estreante na política, Eduardo Campos colocou a armadilha no meio do caminho do PT, que mordeu a isca e tenta reverter uma situação que deve rumar na direção do incômodo. Ao governador de Pernambuco resta esperar, pois o desespero fará com que o PT puxe a corda que começa a dar a volta no pescoço de Dilma. A cada menção que fizerem ao nome de Eduardo Campos, os petistas estarão incensando a candidatura do principal adversário de Dilma em 2014.