Japão homenageia vítimas da catástrofe de Fukushima

(Fotos: Reuters)
Todos unidos – Os japoneses fizeram um minuto de silêncio, nesta segunda-feira (11), em homenagem aos mortos e desaparecidos nas catástrofes que sucederam o dia 11 de março de 2011, em Fukushima.

A homenagem se iniciou às 14h46 (horário local), hora em que se iniciou o terremoto de 9 pontos na escala Richter, seguido de um tsunami e de uma série de desastres nucleares. Em consequência 15.881 cidadãos perderam a vida, e 2.668 foram dados como desaparecidos. O número de vítimas fatais inclui as mais de 2.300 pessoas que morreram devido às agruras da vida em centros de evacuação e abrigos temporários.

Apelos à população

As cerimônias se realizaram tanto na região da catástrofe quanto na capital, Tóquio. Durante esta, o imperador Akihito destacou a importância de se fazer todo o possível para proteger a população. Isso incluiria comunicar às gerações futuras o conhecimento relativo ao desastre. “Fico sempre profundamente comovido ao ver tanta gente levar as suas vidas diárias sem reclamar, e espero […] ser capaz de compartilhar o seu sofrimento, nem que seja um pouco”, observou.

O primeiro-ministro Shinzo Abe prometeu fazer do Japão um país resistente aos desastres e ficar do lado das pessoas atingidas. Ele apelou à população que forneça apoio voluntário e donativos para os habitantes do local, a fim de que se vença a crise. Seu governo elevou ao equivalente de 200 bilhões de euros a verba destinada às três prefeituras mais afetadas pelas catástrofes, e a disponibilizará à população local ao longo dos próximos cinco anos.

Naomi Hirose, atual presidente da Tepco, operadora da usina nuclear danificada, mostrou-se contrito diante do ocorrido, nesta segunda-feira: “Quero, do fundo de meu coração, voltar a me desculpar pelas inconveniências, as vicissitudes e o sofrimento que nós causamos”.

Centenas de milhares perderam suas casas na tríplice catástrofe. Somente o tsunami destruiu cerca de 400 mil prédios, e a reconstrução transcorre com lentidão. Pelo menos 315 mil ainda vivem em contêineres e outros arranjos provisórios. Embora a radiação liberada pelas fusões múltiplas de reatores em “Fukushima 1” haja retrocedido, cerca de 150 mil cidadãos não retornaram à sua região de origem por medo da radioatividade. (Do Deutsche Welle)