Muita atenção – Antes que a gastança de Dilma Rousseff em Roma anestesie a opinião pública, que está a um passo de esquecer os dados da última pesquisa Ibope, cabe-nos a obrigação de lembrar que a estatística é tida como ciência, mas considera como morno o sujeito que está com a cabeça no forno ardente e os pés descalços em um iglu. A pessoa está literalmente morta, mas a estatística não leva isso em consideração, pois toda pesquisa tem um objetivo específico. E quando encomendada, o resultado é como roupa de alfaiate.
A pesquisa CNI/Ibope aponta que 63% dos entrevistados consideram o governo de Dilma Rousseff “ótimo” ou “bom”, enquanto que 79% dos consultados aprovam a forma de governar da presidente. O que mostra que o brasileiro não entende de política e se deixa levar por qualquer anúncio oficial mais elaborado ou um discurso ufanista.
Em um país minimamente sério, o que não é o caso do Brasil, tais resultados deveria ser comemorados exaustivamente pelo governante, mas isso não acontece porque todos sabem que essa farsa serve apenas para manter a onda positiva e permitir que Dilma continue sonhando com a reeleição, que não deve ser descartada.
Para que os brasileiros de bem e que estão acostumados a pensar, a pesquisa Ibope contratada pela Confederação Nacional da Indústria ouviu 2002 pessoas em 143 municípios, logo depois do anúncio da desoneração da cesta básica. A Rede Globo, que adula o governo e depende do Ibope, anunciou que foram ouvidas pessoas em todo o Brasil. Pois bem, o Brasil real, que não é o mesmo da emissora da família Marinho, tem 5.564 municípios e quase 200 milhões de habitantes. Ou seja, essa pesquisa que coloca Dilma Rousseff nas alturas é um monumento à mentira.