O pedido do PPS, que será protocolado hoje na Câmara, também irá solicitar o total de gastos com viagens ao exterior da presidente desde o início do mandato, além das listas dos integrantes das comitivas. O documento é endereçado à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Embaixada e desocupação
Normalmente, os presidentes ficam hospedados na embaixada brasileira, o que foi descartado pelo Planalto. A alegação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, é que o local está desocupado devido à transição entre embaixadores.
“Trata-se de uma desculpa para a mordomia desenfreada. Na semana passada estive na embaixada do Brasil em Roma, conversando com o embaixador interino (ministro Luís Henrique Sobreira Lopes), e não percebi nenhum sinal de desocupação. O que há é apenas um processo de transição diplomática, o que, em minha opinião, não prejudica a logística para atender a presidente na residência oficial”.
Rubens ressalta que o Brasil já despende muito dinheiro para manter a representação brasileira na Itália, que tem instalações confortáveis, e não há cabimento gastar ainda mais para abrigar a comitiva da presidente num dos hotéis mais luxuosos de Roma. “É pura ostentação e desperdício de dinheiro público. Além de um desrespeito com os brasileiros que pagam um dos mais altos impostos do mundo para manter a estrutura do governo”, critica o deputado.
Nesta quarta-feira, a ministra Helena Chegas, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, disse que a comitiva não ocupa 52 quartos, como alega a imprensa, mas 25. “Não podia era ocupar nenhum já que há a embaixada para esse fim”, finalizou o líder do PPS, lembrando que além dos quartos de hotel a comitiva alugou 17 carros.
