Aécio buscou em SP apoio à sua candidatura ao Planalto, mas saiu como próximo líder tucano

Racha total – Senador pelo PSDB mineiro, Aécio Neves desembarcou na capital paulista na segunda-feira (25) em busca de apoio para sua candidatura ainda não oficializada à Presidência da República. Sem conhecer a fundo o comportamento dos tucanos paulistas, Aécio se viu obrigado a dizer, durante o encontro, que por enquanto é candidato à presidência do partido, mesmo que Fernando Henrique Cardoso tenha falado em união partidária.

Governador do mais importante estado brasileiro, Geraldo Alckmin confirmou a especialidade tucana e ficou em cima do muro. Alckmin defendeu a candidatura de Aécio ao comando da legenda, mas não deu sinais de que apoia o tucano mineiro em sua briga pelo Palácio do Planalto. “Não é hora ainda de antecipar eleição. Quem fez isso foi o governo”, disse o governador.

Para mostrar que o PSDB continua rachado, parte da bancada de deputados estaduais e federais aderiram à ideia de ter Aécio Neves como candidato do partido à sucessão presidencial. Essa situação ficou confirmada com a ausência de José Serra, que está em viagem ao exterior. Em tempos de alta tecnologia, ao menos uma mensagem gravada Serra poderia ter deixado em favor de Aécio Neves.

Sem colocar em xeque sua trajetória política, José Serra é um dos grandes desagregadores do PSDB. O que explica suas recentes ameaças de deixar o partido e o encontro com o governador supostamente reservado com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a troca mútua de elogios.

Há uma década sem ter uma oposição de fato, o Brasil deve começar a se acostumar com a ideia de um novo mandato de Dilma Rousseff, pois a união necessária em torno de uma candidatura que resgate o País está longe de ser uma realidade.