Dilma Rousseff oficializa o 39º ministério em um país que continua em crise e economicamente parado

Sem intervalo – Como se o Brasil precisasse de tantos ministérios, a presidente Dilma Rousseff, que corre atrás de apoio que garantam sua reeleição, criou a 39ª pasta de um governo que está perdido diante da crise econômica e permanece paralisado a ponto de ter colocado a última década no lixo. Os petistas por certo têm um discurso salvador, recheado de messianismo barato, mas a realidade é que o Brasil estacionou no pátio da crise, levando na caçamba uma máquina inchada e incompetente.

Com status de ministério, a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ligada à Presidência, foi criada para abrigar o apetite político do PSD, partido criado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab enquanto a maior cidade brasileira naufragava e problemas. Kassab, que prefere não cair em desgraça com o eleitorado paulista, que está cada vez mais antipetista, preferiu não engrossar a base de apoio de Dilma, mas aceitou que a presidente indicasse o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, para assumir o cargo.

A criação da nova Secretaria, oficializada com publicação no diário Oficial da União, acontece no momento em que os micros e pequenos empresários enfrentam as maiores dificuldades dos últimos tempos e começam a enxergar a corda da bancarrota cada vez mais de perto. Em outras palavras, mais uma vez o governo toma alguma medida com o conhecido atraso.

O convite a Guilherme Afif não tem o objetivo de buscar solução para essa parcela do empresariado, mas de criar uma situação de constrangimento político ao governador Geraldo Alckmin (PSDB, que perderá para os adversários o seu companheiro de chapa. Trata-se de mais um capítulo covarde da eleição antecipada de Dilma Rousseff, que deverá adotar novas medidas covardes e rasteiras mais adiante, como forma de reforçar seu plano de reeleição. Como são mentirosos os índices de aprovação apontados nas recentes pesquisas de opinião, a estratégia foi retirar dos eventuais adversários qualquer tempo de televisão, o que poderia comprometer o sonho da neopetista.

Não há como o Brasil prosperar à sombra de um palco político que entre uma eleição e outra não permite aos seus atores descanso de pelo menos seis meses. Com o País vivendo uma campanha eleitoral atrás da outra, as saídas que restam aos brasileiros de bem e que pensam são os aeroportos internacionais.