Roberto Freire sobre investigação de Lula no caso do Mensalão do PT: ele não poderia ficar imune

Caiu casa – “É o que toda a sociedade brasileira esperava”, disse o presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP), sobre a decisão da Procuradoria da República no Distrito Federal de abrir procedimentos para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ter sido ele o principal beneficiário do esquema do Mensalão. “Ele (Lula) não poderia ficar imune a investigação; então o Ministério Público cumpre com sua obrigação”, acrescentou.

Para Freire, a sociedade brasileira “está sendo contemplada com o funcionamento das instituições, no caso o Ministério Público do país”.

O Ministério Público Federal do DF abriu seis procedimentos para investigar as acusações feitas pelo empresário Marcos Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão como operador do Mensalão. Valério fez as declarações em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República, que remeteu o processo à Procuradoria da República do DF. Entre as acusações, está a de que Lula seria o verdadeiro “chefe do Mensalão”. Os procuradores concluíram pela existência de fatos tipificados, em tese, crimes que exigem mais apuração.

Montado para Lula

“Vamos aguardar as investigações, sabendo que é dessa forma que consolidamos a República e a democracia: ninguém pode estar acima da lei”, observou o presidente do PPS. O Mensalão não foi urdido para beneficiar apenas Marcos Valério e outras figuras menores do PT e do governo Lula, declarou Freire. “Evidentemente tudo foi montado em prol do governo, cujo representante maior era Lula”.

O pedido de investigação que a oposição entregou à PGR foi anexado ao processo e enviado à Procuradoria da República no Distrito Federal. Nele, os oposicionistas pediam que fossem investigadas as acusações de Valério sobre a participação de Lula no esquema do Mensalão. “Era o que cabia à nossa responsabilidade. Agora, o processo de investigação é que vai indicar se haverá a denúncia e o inquérito judicial”, disse Freire.