De olho no governo de SP, Planalto determina ida de Antonio Patriota ao Senado para tratar de corintianos

combinado – Uma sociedade democrática não pode esgueirar-se sobre exceções, mas empunhar a bandeira da isonomia, uma vez que de forma clara e inquestionável a Constituição Federal estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Pode parecer teimosia impertinente de nossa parte insistir nesse tema, mas é exatamente isso que o Estado brasileiro não faz. Tratar todos os cidadãos de forma isonômica, porque sempre haverá nessa tresloucada Terra de Macunaíma alguns mais iguais que a maioria.

Ministro das Relações, Antonio Patriota, o mesmo que ainda não tomou providências para interromper o caos que se instalou no consulado brasileiro em Sidney, afirmou nesta quinta-feira (4), durante audiência no Senado, que o governo está empenhado na solução dos dez torcedores corintianos que permanecem presos em Oruro, na Bolívia, acusados de participação no incidente que culminou com a morte do menor Kevin Beltran Espada.

“[Quero] Deixar muito claro o empenho do governo brasileiro em garantir o pleno apoio consular aos 12 brasileiros detidos em Oruro e manter contatos políticos do mais alto nível para que o encaminhamento da questão seja feito, em primeiro lugar, no respeito aos direitos humanos, aos primeiros direitos desses brasileiros, preservação da sua dignidade, condições dignas de detenção, e esperamos encaminhamento mais célere possível”, afirmou Patriota.

É importante frisar que há ao redor do planeta centenas de brasileiros detidos em países distintos, sem que o governo tenha até então se preocupado. Como se sabe, representações diplomáticas são oásis de um Brasil paralisado que servem para aplacar a sanha exibicionista de alguns histriônicos que são custeados pelo dinheiro do contribuinte.

O caso dos torcedores corintianos presos na Bolívia só recheia a pauta do Palácio do Planalto porque o PT tem como meta tomar de assalto o governo do mais importante estado da federação, São Paulo. E contar com os votos dos integrantes do bando de loucos por esse viés oportunista é estratégia rasteira. E casos semelhantes a diplomacia brasileira sequer mexe um dedo para dar suporte a brasileiros que se encontram em outros países enfrentando dificuldades.

Nada pode ser mais asqueroso e repugnante do que o oportunismo político, algo que no Brasil cresce como erva daninha.