Lei determina que crianças comecem a estudar aos quatro anos, o que aumenta o tempo do despreparo

Tempo maior – É preciso reconhecer que o jornalista José Simão, colunista da “Folha de S. Paulo”, foi profético quando disse que o Brasil é o país da piada pronta. Sem saber o que fazer na educação, a presidente Dilma Rousseff, apoiada por seu genial ministro Aloizio Mercadante, o irrevogável, sancionou lei, publicada nesta sexta-feira (5) no Diário Oficial da União, que obriga os pais a matricularem os filhos na escola a partir dos quatro anos.

A lei nº 12.796, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, traz a mudança do texto do artigo 6º, tornando “dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos de idade”. A matrícula dessas crianças pequenas deve ser feita na pré-escola, sendo que os governos estaduais e municipais têm até 2016 para garantir a oferta de ensino dentro desse parâmetro etário a todas as crianças.

Antes de obrigar que crianças de tão pouca idade ingressem na escola, o governo deveria se preocupar em melhorar a qualidade do ensino, em especial na rede pública, pois no Brasil o aprendizado está á beira da precariedade há anos. Não é preciso nenhum esforço do raciocínio para constatar tal realidade. O baixo índice de aprovação nos exames de Ordem da OAB não é resultado apenas das faculdades de Direito, mas também e principalmente de alunos que ingressam nas universidades pela porta de programas oficiais e sem o conhecimento básico necessário para a vida acadêmica.

Essa medida tomada pela presidente Dilma Rousseff é mais uma ferramenta de campanha, pois é de conhecimento público que um povo desinformado é o terreno ideal e fértil para que governos totalitaristas se perpetuem no poder, no melhor estilo ditadura disfarçada.

Dilma e seus estafetas precisam compreender que ainda restam no País pessoas com massa cinzenta e capacidade de pensamento, sendo inadmissível uma lei que serve apenas e tão somente para ampliar a linha do tempo do caos.