O céu é o limite – Dilma Rousseff e seu genial ministro da Fazenda, Guido Mantega, que renovem o cardápio de desculpas para minimizar o veneno da inflação, pois em junho as tarifas de ônibus, do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) subirão de uma só vez, depois que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) adiaram os reajustes para evitar um impacto negativo no mais temido fantasma da economia.
“O meu compromisso com o governo federal, em função da política de combate à inflação, que até concordo inteiramente, foi postergar o reajuste (das tarifas de ônibus)”, declarou Fernando Haddad. O último aumento ocorreu em janeiro de 2011, ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD), quando o preço do bilhete passou de R$ 2,70 para R$ 3.
É importante ressaltar que em relação às tarifas de ônibus o aumento foi adiado por longos meses, mas o contribuinte bancou essa diferença às empresas de transporte coletivo, que, diga-se de passagem, não são instituições de caridade. Ou seja, de algum modo o prejuízo chegou ao bolso dos paulistanos.
Com governo federal sem saber o que fazer diante da persistência da inflação, que saiu do controle e no acumulado de doze meses atingiu a marca oficial de 6,59%, os brasileiros devem se preparar para um cenário ainda pior, pois o aumento a ser anunciado dentro de algumas semanas puxará os preços de produtos e serviços para cima.