Tem viés eleitoral a posição contrária do governo à proposta de Alckmin para menores infratores

Conversa fiada – Secretário-geral da Presidência da República, o petista Gilberto Carvalho disse nesta sexta-feira (12) que o governo é radicalmente contra a redução da maioridade penal. Carvalho, que alegou questões programáticas do Partido dos Trabalhadores, lembrou que sua declaração não tinha qualquer viés eleitoral e nem estava embasada na proposta do governador Geraldo Alckmin, que deseja endurecer as regras aos menores infratores. Entre as medidas propostas pelo tucano estão o aumento do período da internação dos menores na Fundação Casa e a separação dos infratores pela modalidade de crime cometido.

“A gente é completamente contra. Não quero falar em uso político, não estou me referindo à declaração do governador. Estou me referindo ao tema da [redução da] maioridade penal, que temos uma posição historicamente contrária”, disse o secretário.

O discurso de Carvalho deixou claro que o anúncio palaciano está lambuzado de interesses eleitorais, pois o secretário da Presidência sequer entendeu a proposta de Alckmin, que em nenhum momento focou a redução da maioridade penal, o que seria uma solução para a onda de crimes que assusta a população. O PT está de olho no governo paulista e, de agora em diante, tudo o que for proposto por Geraldo Alckmin será contestado pelo Palácio do Planalto.

Se aceitasse a proposta do governador de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff e seu obediente e manipulado staff dariam não apenas um tiro no pé do PT, mas feririam mortalmente os embusteiros projetos sociais do messiânico Lula para os jovens brasileiros. Ao PT palaciano não importa qual é a necessidade da população, pois em primeiro plano estão os interesses dos atuais donos do poder e a necessidade de blindar Dilma e garantir a continuidade do plano totalitarista da legenda.

Enquanto isso, quadrilhas aliciam menores para a prática de crimes dos mais variados, tendo como pano de fundo uma legislação frouxa e um sistema penal superlotado e que não recupera. Tal cenário é o ideal para a implantação de um regime ditatorial disfarçado.