Fantasma de CPI volta a rondar a Petrobras; presidente da estatal está na alça de mira

Luz vermelha – Os ocupantes do Palácio do Planalto estão atentos à movimentação no Congresso Nacional, inclusive de integrantes da chamada base aliada, que pode culminar com a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para escarafunchar os escândalos da Petrobras, que desde o primeiro dia da era Lula vem sendo corroída pelo aparelhamento que tomou conta do Estado.

Nesse movimento que pode colocar a Petrobras no banco dos réus há parlamentares de partidos intimamente ligados ao governo petista, como o PMDB, o PP e o PR, que recentemente retornou à Esplanada dos Ministérios com a indicação do baiano César Borges para o comando da pasta dos Transportes.

Sobram motivos para que a Petrobras seja investigada, começando pela desastrosa aquisição de uma refinaria em Pasadena, no estado norte-americano do Texas, que rendeu à estatal brasileira um prejuízo superior a US$ 1 bilhão, mas pode ter feito a alegria de um punhado de companheiros e “apaniguados”. Fora isso, a Petrobras tornou-se uma incansável cornucópia que patrocinou eventos bisonhos e ONGs estranhíssimas ligadas ao Partido dos Trabalhadores.

Não bastassem esses motivos, os parlamentares têm uma razão extra para criar a CPI da Petrobras. Presidente da empresa, Maria das Graças Foster, disse em recente entrevista a jornal gaúcho Zero Hora: “Como é lindo um congestionamento! Eu quero é faturar!”.

Uma declaração desse naipe, típica de um frentista de posto de combustíveis, não pode partir da presidente de uma das maiores empresas de petróleo do planeta. Mas essa sandice encontra explicação em assunto que o ucho.info tem insistido em noticiar. O governo do PT é desprovido de pessoas capacitadas e os que estão em cargos de decisão simplesmente desconhecem o mais raso significado da palavra planejamento.

Na última década o Brasil vem sendo administrado como se fosse um reles botequim de porta de fábrica, cujo proprietário é o maior consumidor do estoque de bebidas do próprio estabelecimento. A declaração de Maria das Graças Foster é um atentado contra o bom senso e a lógica, mas reforça a despreocupação do governo petista com a dilapidação do patrimônio da estatal, que há anos vem importando gasolina que é vendida a preço subsidiado no mercado interno.