Empresário nordestino comercializa água de coco e aproveita todos os resíduos da fruta

Desperdício zero – Diogo Gaspar é um empresário potiguar que se tornou conhecido por dominar o mercado de fornecimento de água de coco envasada no Rio Grande do Norte e em outros estados do Nordeste. No entanto, seu maior destaque é a visa empreendedora e sustentável, em aproveitar todo o coco para gerar negócio.

O empresário começou em março de 2002, com apenas um carrinho de rua e uma produção bastante artesanal. O empenho associado ao esforço o levou a erguer a unidade industrial, instalada no município de Extremoz, que fica na região Metropolitana de Natal.

Atualmente, a fábrica conta com um processo de envase automatizado, sem contato humano, a partir da extração e engarrafamento da água em copos de 290 mililitros e garrafões de cinco litros. O centro de distribuição do produto localiza-se na cidade de Natal, com estrutura de câmara fria, para armazenagem.

Com uma equipe de 40 funcionários, a Aquacoco abastece os mercados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas. No total, a marca está presente em mais de mil pontos de vendas. Sessenta por cento da produção diária fica em território potiguar e o restante vai para outras regiões do Nordeste. Operações que proporcionam um crescimento anual de 5% para a empresa.

Mas foi em 2005 que a Aquacoco pôs fim ao desperdício da polpa do coco e da casca. O que era problema acabou virando uma excelente oportunidade de negócio. Diogo Gaspar investiu R$ 100 mil na aquisição de usinas de beneficiamento da casca do coco e na aquisição de maquinário e hoje tudo é aproveitado. A polpa vira doces e geleias do fruto, enquanto a fibra e o substrato são beneficiados e vendidos sob encomenda para outras empresas.

A fibra e pó de coco são comercializados na sua forma bruta ou beneficiados. Os materiais são largamente usados na confecção de vasos de xaxins e mantas de fibra para contenção de erosão, telhas, aglomerados para fabricação de móveis, em briquetes que é um aglomerado formado a partir da bucha do coco, entre outras utilidades. Além da preocupação ambiental, a atividade trouxe novas fontes de receita para a empresa, além de preservar o meio ambiente, já que o coco verde demora 15 anos para se decompor. (Agência Sebrae – Cleonildo Mello)