Dilma mente ao negar que está em campanha, mas deveria informar quando começará a governar

Face lenhosa – Dilma Vana Rousseff, a companheira Vanda, aprendeu rapidamente as lições de mitomania ministrada por seu mentor eleitoral, o lobista-fugitivo Luiz Inácio da Silva. Com a campanha pela reeleição lançada com quase dois anos de antecedência, em fevereiro, pelo próprio Lula, a presidente agora alega que não pensa no assunto e que não trabalha para tal.

Durante exposição do músico Carlinhos Brown no Palácio do Planalto para o lançamento oficial da “caxirola”, instrumento sonoro que atormentará os amantes do futebol durante a Copa de 2014, Dilma negou que esteja em campanha. “Talvez a única pessoa que não tem interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu”, disse.

A única coisa que Dilma Rousseff tem feito nos últimos meses é adotar medidas que beneficiem uma campanha escancarada e que cambaleia no limiar do abismo da crise econômica. Por viver em um país que ainda é democrático, Dilma pode dizer o que bem quiser, mas é preciso lembrar que suas declarações são mentirosas. A seu mando, o governo tem dificultado o repasse de verbas a estados governados por membros de partidos que lhe fazem oposição ou serão concorrentes na corrida presidencial. É o caso de Eduardo Campos, governador de Pernambuco.

Dilma, sem qualquer dose de constrangimento, vem usando a máquina estatal para encurralar Eduardo Campos, cada vez mais forte como candidato à sucessão presidencial. A pressão começou com o envio de arapongas do governo para monitorar no porto pernambucano de Suape os sindicalistas que se opõe à MP dos Portos. Primeiro capítulo de uma batalha que promete ser imunda, a ação foi intimidatória e típica de regimes de exceção.

Dilma deveria de fato abandonar a campanha e informar aos brasileiros quando começa de fato o seu mandato, pois nos últimos dois anos o Brasil viveu à sombra da incompetência de um governo que conduz a nação como se essa fosse um boteco chinfrim de porta de fábrica.

Esse discurso visguento e falso de que não Dilma não está em campanha encontra explicação na necessidade de o governo encontrar uma fórmula mágica, talvez uma varinha de condão, para liquidar a crise que atormenta cada vez mais o brasileiro. E isso não acontecerá nos próximos dois anos. Por isso a mentira vociferada pela presidente, que sabe ser o desgoverno que comanda o pior de todos os palanques eleitorais.