De ditadores radicais a banqueiros, passando pela seara das propinas, o PCdoB sente-se à vontade

Sem problemas – Já não se faz comunista como antigamente. Pelo menos aqui nessa baderna política chamada Brasil. Dias após inaugurar exposição em homenagem ao finado ditador Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte, o PCdoB vê o nome do partido envolvido no escândalo das propinas do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Pai do então ditador Kim Jong-il, já falecido, e avô do aprendiz de tirano Kim Jong-un, o eterno presidente da Coreia do Norte é uma espécie de ídolo para os comunistas brasileiros, apesar de ter patrocinado a morte de milhões de pessoas em seu país.

O escândalo do “Minha Casa, Minha Vida” passa pelo Banco Luso-Brasileiro, cujo outrora controlador, Manuel Tavares de Almeida Filho (atualmente com um terço da instituição financeira), é muito ligado ao ex-ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., integrante da cúpula do PCdoB e um dos que farrearam com os cartões de crédito da Presidência da República.

Comandando um grupo familiar que controla negócios que vão desde um hotel SPA – Casa Grande Hotel Resort, no Guarujá – à cachaça “Velho Barreiro”, Manuel Tavares patrocinou diversos eventos, em São Paulo, para alavancar a campanha de Orlando Silva Jr., o alarife que pagou uma tapioca com cartão de crédito oficial e foi eleito vereador na maior cidade brasileira.

Essa amizade estreita entre Manuel Tavares e Orlando Silva Jr. entra em zona de turbulência por causa do escândalo que agora movimenta os partidos de oposição no Congresso Nacional, que querem explicações sobre as propinas do “Minha Casa, Minha Vida”. Enquanto o parlamento aguarda os desdobramentos do imbróglio, o mundo do hipismo nacional acompanha com atenção o desenrolar do assunto, uma vez que Manuel Tavares não apenas é um entusiasta do esporte, como tem três filhos cavaleiros.

Fato é que nessa tempestade que se aproxima da seara do PCdoB, algum coice há de sobrar para o partido que exibe destreza ao mergulhar nas benesses do capitalismo e idolatra a obsolescência política do clã de Kim Il-sung. Enfim…