No país da saúde a um passo da perfeição, setor comanda alta da inflação em São Paulo

Tiro no pé – Medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) encerrou o mês de abril com alta de 0,28%, revertendo o resultado apurado em março, quando foi registrada deflação de 0,17%. A elevação foi causada principalmente pelo grupo saúde (de 0,25% para 1,31%). Além desse fator, no segmento habitação houve elevação de 0,25%, contra recuo de 1,05%.

O impacto desses avanços só não foi maior porque o grupo alimentação, um dos que mais influenciam o IPC, perdeu força, passando de uma alta de 0,77% para 0,20%. Também ocorreu recuo no grupo vestuário, que passou de 0,44% para 0,19%. Em transportes, o índice de alta foi mantido (0,28%).

No grupo despesas pessoais, a taxa ficou negativa em 0,12%, porém o recuo tinha sido mais acentuado no fechamento do mês anterior (-1,02%). Em educação, o IPC ficou em 0,18% ante 0,13%.

Os dados divulgados pela Fipe mostram que não passou de uma sonora mentira a declaração de Lula, em meados de 2006, de que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. Fosse verdadeira aquela ufanista afirmação, que serviu apenas para ludibriar a parcela incauta da opinião pública e garantir a reeleição do ex-metalúrgico, os brasileiros estariam buscando atendimento na rede pública de saúde e o IPC não estaria em alta.

O PT chegou ao poder a reboque do discurso da competência revolucionária, mas o máximo que o partido conseguiu foi mandar pelo ralo uma década, período em que o Brasil andou para trás e viu a corrupção disparar. Como disse certa vez o próprio Lula, um conhecido comunista de boteco, “nunca antes na história deste país”.