Discurso pegajoso – Ainda fugindo da imprensa por causa do seu envolvimento em vários escândalos de corrupção, começando pelo Rosegate, imbróglio do qual participava Rosemary Nóvoa de Noronha, o agora lobista Luiz Inácio da Silva continua dando ordens no governo da sucessora Dilma Rousseff.
Na quinta-feira (9), Lula reuniu-se com Dilma e alguns integrantes da cúpula petista, em Brasília, para discutir a eleição de 2014 e analisar as alianças políticas para a próxima corrida presidencial. O ex-metalúrgico aposta na possibilidade de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, desistir de concorrer ao Palácio do Planalto.
Lula entende que a repentina submersão de Campos nas últimas semanas, após seguidos ataques ao governo do PT, pode ser um sinal da sua desistência. Trata-se de um equívoco de quem está preocupado com o futuro, pois o governador pernambucano não colocaria sua carreira política a perder tão fácil e rapidamente.
Agindo há anos debaixo de uma estratégia política de longo prazo, Eduardo Campos sabe o que quer e não se intimidará com as incursões de Lula nos bastidores. Ademais, o governador ainda não digeriu a arapongagem ordenada por Dilma Rousseff no porto de Suape, em Pernambuco.
Enfrentando forte lufada de descrédito por causa da crise econômica, que se alastrou de maneira rápida e preocupa os brasileiros de todas as classes sociais, o PT precisa encontrar um novo e embusteiro discurso para mais uma vez ludibriar a parcela incauta da opinião pública. Enquanto as transgressões comandadas por petistas não ardiam no bolso do cidadão, Lula navegou em águas calmas. A situação agora é outra e o tempo de buscar uma solução já passou.
Resumindo, daqui para frente os balões de ensaio tendem a crescer em número e os golpes rasteiros devem ganhar doses extras de sordidez. Até porque, a cúpula do PT gostou da brincadeira de estar no poder e nem sequer sonha em abrir mão dessa milionária mamata.