Chancela de encomenda – Refém dos infindáveis dossiês armazenados nos subterrâneos do Palácio do Planalto, o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi um servo obediente do governo de Dilma Rousseff e conduziu a votação da MP dos Portos de forma a contemplar os interesses dos palacianos e de meia dúzia de empresários espúrios que ultrajam a democracia quando o lucro patrocinado pelo vil metal entra em cena.
A postura genuflexa e covarde de Renan Calheiros, que ignorou de forma escancarada o regimento do Senado, permitiu ao governo de Dilma Rousseff ajudar o PT na implantação do projeto totalitarista de poder, o que em breve transformará definitivamente o Brasil em uma ditadura ideal, se é que esse tipo de modelo político pode ser classificado como tal.
A incompetência da equipe de Dilma Rousseff encontrou guarida na postura inescrupulosa dos partidos da base aliada, sempre ávidos por negociatas e acertos pouco ortodoxos. O Brasil foi arruinado em apenas uma década por obra do lobista fugitivo Lula, que retorna à cena política com cuidado e velocidade planejada. Mesmo assim, o ex-metalúrgico abusou da sua conhecida verve galhofeira e lançou o bordão “nunca antes na história deste país”.
Os portos brasileiros representam apenas um dos vértices do apagão logístico que emperra o desenvolvimento do Brasil, mas a incapacidade do governo petista de se agarrar ao planejamento faz com que a carroça seja colocada adiante dos muares. Para que qualquer mercadoria destinada à exportação chegue aos portos é preciso estradas e ferrovias, todas destruídas ou inexistentes.
O comportamento amestrado da base aliada autorizou o PT a transformar o Brasil em uma versão continental da Venezuela, reduto do socialismo do século XXI, sandice criada pelo finado caudilho Hugo Chávez, o defunto que continua dando ordens no Palácio de Miraflores. A esquerda brasileira avançou muito nos últimos anos na direção desse objetivo canhestro, mas ainda é possível reagir e impedir o pior. Basta que os brasileiros abandonem a letargia contemplativa e, de maneira organizada, partam para a ação.