Bomba-relógio – Atentados terroristas voltam a dominar a cena internacional, movimento que requer atenção redobrada por parte das autoridades de muitos países. Depois da tragédia ocorrida na Maratona de Boston, um soldado inglês foi brutalmente assassinado, a golpes de faca e machado, por dois homens negros que aguardaram a chegada da polícia britânica e diante das câmeras citaram trechos do Alcorão. “”Juramos pelo todo-poderoso Alá que jamais vamos parar de lutar”, disse um dos assassinos.
“A única razão para termos feito isso é porque muçulmanos estão morrendo todos os dias. Este soldado britânico é olho por olho, dente por dente. Temos que lutar contra eles. Peço desculpas por mulheres terem que ter assistido a isso. Mas na nossa terra as nossas mulheres têm que ver o mesmo”, completou.
O episódio levou à convocação do Comitê Interministerial de Crise (Cobra, na sigla em inglês) – que só se reúne em casos de ameaça terrorista ou tragédia natural – e obrigou o primeiro-ministro David Cameron a retornar às pressas de uma viagem oficial à França.
Ainda é cedo para afirmar que os dois assassinos agiram em nome de alguma organização terrorista do Oriente Médio, mas é certo que o crime é um alerta para as autoridades de segurança de todo o planeta, uma vez que a tendência é o aumento do número de atentados.
Esse crime deve servir de exemplo para as autoridades brasileiras, que não têm dado a devida atenção a eventuais ações terroristas que podem ocorrer durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O governo anunciou recentemente que as forças policiais estão preparadas, mas que a preocupação é com os crimes comuns.
Trata-se de uma declaração irresponsável, pois a na chamada Tríplice Fronteira há muitos terroristas, muitos ligados a organizações árabes. Para se ter ideia do perigo que nos ronda, durante anos boa parte do dinheiro que financiou a Al Qaeda passou por essa região sul-americana, sem que as autoridades se preocupassem com a movimentação que foi denunciada com largueza pelo ucho.info.
Quando o terrorismo está no cardápio do dia, todo cuidado é pouco. Não há como o governo garantir que nada ocorrerá durante os dois eventos esportivos, pois cuidados importantes não foram tomados a tempo. Uma dessas medidas seria uma operação de acompanhamento regular da construção dos estádios por parte de policiais e integrantes do serviço de inteligência do País. Um atentado terrorista não é planejado em cima da hora, como uma ida ao boteco da esquina mais próxima. É uma operação que demanda tempo, reúne muitas pessoas e é recheada de detalhes perigosos e às vezes imperceptíveis.