Curto-circuito – Como diz o jornalista José Simão, com muita propriedade, o Brasil é o país da piada pronta. Um lugar onde quanto mais se reza mais assombração aparece. Formado por um séquito de incompetentes, o governo da neopetista Dilma Vana Rousseff segue a mesma trilha do antecessor. O que confirma recente declaração de Lula, que afirmou que entre o seu governo e o de Dilma não há diferença. Até porque incompetência extrema é única e devastadora.
Sem saber o que fazer com o caos que domina a saúde pública, o governo do PT anunciou a decisão de “importar” médicos. Foi a forma encontrada pela esquerda verde-loura de fincar em território nacional uma tropa de espiões cubanos, um ano antes da eleição presidencial de 2014. E os adversários do PT que se preparem, pois o jogo sujo e rasteiro deve aumentar.
Brasileiros enfrentam filas enormes nos hospitais públicos, muitas vezes morrendo à espera de atendimento ou por falta de medicamentos e produtos hospitalares, mas o governo federal aumentará o valor da contribuição financeira à Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como fazem outros países. Não trata de condenar esse tipo de colaboração, mas só é possível ajudar o vizinho a pintar a casa depois que a própria estiver em ordem.
Se a OMS tem problemas para bancar a conta da saúde mundial, o que é compreensível, que recorra aos países desenvolvidos e à iniciativa privada, não a nações que têm problemas crônicos no setor, a ponto de ter de importar médicos.
Como se a piada pronta tivesse capítulos, o governo brasileiro também fará fanfarra internacional na área da educação. Em viagem à África, onde na companhia da presidente Dilma Rousseff participará dos festejos de 50 anos da União Africana, o ministro da Educação, o “irrevogável” Aloizio Mercadante, anunciou que o Brasil ajudará na implantação da primeira universidade da ex-colônia portuguesa de São Tomé e Príncipe. Fora isso, os contribuintes brasileiros custearão a ajuda do governo petista em programas de pós-graduação em Angola, além da cessão de professores para universidades africanas.
De igual modo o ucho.info nada tem contra auxiliar e apoiar nações africanas em suas necessidades, desde que no Brasil os problemas estejam resolvidos e os retrocessos conquistados na última década sejam eliminados de alguma maneira. Essa pirotecnia oficial faz lembrar os US$ 10 bilhões que o Brasil emprestou ao Fundo Monetário Internacional apenas porque Lula acreditava ser chique tal atitude.
Com a credibilidade sobre o fio da navalha, Dilma Rousseff repete o antecessor e tenta usar as carências de outros países como alavanca de promoção pessoal. A saúde e a educação públicas no Brasil frequentam a seara do caos e do ridículo, mas o ufanismo palaciano parece ter combustível de sobra.