Fim do caminho – O ano de 2013 está perdido, assim como perdido já é considerado o próximo. Em termos políticos, tirando as maracutaias que marcam essa nefasta seara nacional, muito pouco foi feito em prol do País. Vivendo sob o manto da ditadura das Medidas Provisórias, o que aniquila a existência do Legislativo, o Brasil tornou-se palco da incompetência paralítica de um governo que é useiro e vezeiro do ufanismo desmedido.
Nesta terça-feira (28), a Câmara dos Deputados atropela as promessas feitas recentemente por parlamentares e vota com urgência duas MPs que perdem a validade no próximo dia 3 de junho. E essa pressa é explicada pela necessidade de se enviar ambas as medidas ao Senado, que mais uma vez terá de se ajoelhar diante do Palácio do Planalto.
É inimaginável que um país com as dimensões e os problemas do Brasil seja governado por um bando de totalitaristas incompetentes como se fosse um botequim mequetrefe de esquina. Sem planejamento e o equilíbrio entre os Poderes, o que deixou de existir há muito, o Brasil está fadado ao fracasso permanente.
Dentro de alguns dias, o País será palco da Copa das Confederações, preâmbulo da ópera bufa em que se transformou a Copa do Mundo de 2014. E por conta disso a política nacional caminhará de lado e com um olho voltado para os estádios que receberão jogos do certame futebolístico.
Na sequência surge no calendário as festas juninas, as quais levam muitos políticos, em especial os do Nordeste, aos seus redutos eleitorais, como se o Brasil pudesse parar por causa desses festejos. Ato seguinte o Congresso será tomado pelo recesso do meio do ano, o que transforma o parlamento é cidade-fantasma.
Com o segundo semestre batendo à porta, o Brasil será ainda mais refém do escambo político, que culminará com a votação do Orçamento da União para 2014. Natal, réveillon, férias, Carnaval, Copa do Mundo… E o País, como sempre, será empurrado pela irresponsabilidade de uma minoria privilegiada, que faz do mandato eletivo a mais perigosa e letal das armas. Em seguida teremos as campanhas eleitorais e por aí vai. Quem sabe alguma coisa muda em 2015.