PIB cresce apenas 0,6% no primeiro trimestre, mas Guido Mantega se agarra ao cenário internacional

Vaca no brejo – Magnânimos, soberbos, oráculos do Senhor. Assim são os petistas, que continuam enfrentando enormes dificuldades para reconhecer a própria incompetência. Com a economia brasileira a um passo do despenhadeiro da crise, o ainda ministro Guido Mantega (Fazenda) não perde a pose e fala como se fosse um profeta.

O PIB registrou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre deste ano, o que mostra que o avanço da economia neste ano deve ficar abaixo de 2,5%, mas Mantega não apenas gostou do resultado, como colocou a culpa no cenário internacional.

A visão do governo em relação à crise econômica é tão utópica – por que não afirmar que é burra –, que nem mesmo a perspectiva de crescimento do PIB dos países que integram os BRICS, que na média é de 4,3%, consegue fazer com que os palacianos enxerguem a realidade. A situação apresenta-se ainda mais grave quando analisados dois fatos díspares: a economia patina e a inflação resiste.

Sem ter como justificar o óbvio, o governo petista afirma que não mais adotará medidas de incentivo à economia, segundo Guido Mantega, sendo que as até aqui adotadas exalaram inocuidade do começo ao fim. O pior desse palavrório obtuso é que Mantega afirmou que a crise internacional atrapalha as exportações brasileiras, como se o País proporcionasse condições mínimas para o comércio exterior.

O que o governo tentou, sem sucesso algum, foi conter os índices de inflação, quando o remédio ideal seria combater o processo inflacionário, que exigiria ações impopulares que comprometeriam o projeto de reeleição de Dilma Rousseff. O máximo que o governo conseguiu com medidas sem eficácia alguma foi comprometer as contas públicas, o que se deu através de desonerações em alguns setores.

Em outras palavras, o governo de Dilma Rousseff está no patíbulo da forca, enquanto a corda está nas mãos da realidade, duríssima, diga-se de passagem. Como disse certa vez aquele messiânico e conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.