Decisão unânime do Copom de aumentar a Selic coloca na vitrine do óbvio a incompetência do governo

Veneno caseiro – A unanimidade que marcou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de aumentar em meio ponto percentual a taxa básica de juro, a Selic, colocou o governo petista em má situação. A política econômica adotada pelo Palácio do Planalto é absolutamente equivocada sem direito a contestações, além de ser evidente a inocuidade das medidas adotadas até então para estimular uma economia que insiste em rondar o precipício da crise.

Sempre ufanista nas previsões e evasivo nas explicações, o ainda ministro Guido Mantega volta a balançar no comando da Fazenda, uma vez que suas apostas equivocadas comprometeram o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff. O furacão que passou a soprar com mais força na Esplanada dos Ministérios, depois da decisão do Copom, explica a saída do secretário-executivo da pasta, Nelson Barbosa, que alegou razões pessoais.

Experiente que é, Barbosa sabe que a política econômica do governo é uma canoa furada e preferiu deixar o cargo para preservar o próprio currículo, o que pode lhe garantir oportunidades de trabalhos em futuro próximo.

Com a decisão do Copom, o governo de Dilma Rousseff abandonou a ideia de reverter a crise a partir do consumo interno, estratégia que só pode ser adota de forma pontual durante pouco tempo. Até porque, o combate à inflação é cada vez mais necessário. Fazer do consumismo a alavanca de uma economia é a aposta mais obtusa que qualquer economista pode fazer, mas Lula preferiu arruinar o País e reinventar a classe média, que da noite para o dia recebeu 40 milhões de novos e endividados integrantes.

No vácuo da alta da Selic fica a prova de que a conta do governo não tem como fechar, por mais que seja a boa vontade de quem analisa a atual situação econômica do País. Deixando de lado o discurso do consumo, Guido Mantega tentou explicar o pífio desempenho da economia no primeiro trimestre do ano com declarações de que é preciso concentrar-se nos investimentos, o que a partir de agora devem se tornar mais difíceis e escassos.

A situação do Brasil não é a mais agradável, mas no meio do furacão não apareceu um petista para falar em herança maldita, algo que eles próprios faziam em passado não tão distante para criticar o legado de Fernando Henrique Cardoso. Enfim…