Ainda muito alta, inflação oficial recua em maio na esteira da queda da qualidade de muitos produtos

Nas alturas – O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o mês de maio com taxa de 0,37%, informou nesta sexta-feira (7) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O resultado da inflação oficial é menor que o registrado em abril, que alcançou a marca de 0,55%. Em maio de 2012, a inflação foi de 0,36%.

Nos cinco primeiros meses do ano, a taxa acumulada de inflação é de 2,88%, enquanto nos últimos doze meses o mais temido fantasma da economia alcançou 6,5%, teto da meta fixada pelo governo. É importante lembrar que há muito a inflação fica mais próxima do teto da meta do que do centro, o que mostra o fracasso da política econômica de um governo que adepto do ufanismo.

O IPCA registrado em maio foi o menor desde junho de 2012 (0,08%). No cálculo da inflação, O item que mais foi a taxa dos medicamentos, responsável por 0,06 ponto percentual do resultado. A alta dos medicamentos foi de 1,61%, menor que a computada em abril, 2,99%, resultado do reajuste de preços autorizado em 31 de março (2,70% a 6,31%).

Além do grupo saúde, outros cinco dos nove segmentos pesquisados tiveram menor aumento de preços. Os alimentos se destacaram pela queda da inflação, com desaceleração de 0,96% em abril para 0,31% em maio. O tomate, que foi o símbolo da alta de preços meses atrás, teve queda de 10,31%.

Das 11 capitais pesquisadas, Rio de Janeiro, Goiânia, Porto Alegre e Brasília tiveram aumento do IPCA, enquanto em Recife, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Salvador, São Paulo e Belém os preços caíram.

Deixando de lado os hortifrutigranjeiros, a chamada cesta básica registrou queda nos preços por dois motivos específicos: mudança no hábito de consumo da população e queda incontestável da qualidade dos produtos. A qualidade dos produtos pode ser conferida por qualquer leigo, analisando-se, por exemplo, produtos lácteos, papel higiênico, detergente e xampu.