Pressão total – Líder da Mobilização Democrática (MD) na Câmara, o deputado federal Rubens Bueno (PR) cobrou nesta terça-feira (11) que a Casa instale com urgência a CPI da Petrobras. Para o parlamentar, após a abertura de inquérito pelo Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, para investigar a compra pela estatal da Refinaria Pasadena, no Texas (EUA), o Congresso precisa agir e cumprir seu papel fiscalizador.
“Há suspeitas graves de evasão de divisas, peculato e superfaturamento. E esse não é o único caso nebuloso envolvendo a gestão da Petrobras. É necessário que uma comissão parlamentar de inquérito seja criada para vasculhar os escândalos envolvendo as operações suspeitas na empresa, que desde o primeiro governo Lula vem sendo corroída pelo aparelhamento político”, defendeu Rubens Bueno.
O requerimento de CPI da Petrobras foi protocolado no dia 23 de maio na Mesa Diretora da Câmara. O pedido conta com o apoio amplo apoio de parlamentares das legendas da base. Das 199 assinaturas, o PMDB contribuiu substancialmente: 52 dos 82 deputados da bancada subscreveram o pedido. “Esse não é um movimento apenas da oposição, mas de todos aqueles que estão preocupados com a gestão da maior estatal do país”, frisou o parlamentar.
Para Bueno, não faltam motivos para que a Petrobras seja investigada pelo Poder Legislativo. “A CPI terá muito trabalho para apurar a quantidade de malfeitos, que vão desde os famosos patrocínios milionários a eventos culturais e assinatura de convênios com Ongs ligadas ao PT à compra da refinaria Pasadena, cuja transação deu um tombo de mais de mais de um bilhão à empresa. Além disso, o governo do PT conseguiu, e isso é incrível, fazer com que a Petrobras desse prejuízo”, argumentou o parlamentar.
O MPF diz que o fato de a Petrobras ter desembolsado 1,18 bilhão de dólares para a compra de uma refinaria que, há oito anos, custou à sua ex-sócia US$ 42,5 milhões “revela possível compra superfaturada de ações pela Petrobras”. A atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster, e o ex-presidente, José Sergio Gabrielli, serão intimados a depor.