Hora da verdade – Diz a sabedoria popular de que de grão em grão a galinha enche o papo. E assim tem sido com a inflação, que diante de um governo tão incompetente quanto inoperante tem assustado continuamente os brasileiros. A inflação oficial já bateu no teto da meta fixada pelo governo (6,5%), mas a situação real do mais temido fantasma da economia já beira a casa dos 20% ao ano, o que pode ser facilmente considerado um absurdo.
De acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na capital paulista, subiu de 0,1% (no fechamento de maio) para 0,13% na primeira prévia de junho. Essa alta foi puxada, principalmente, por avanços nos grupos habitação (de -0,01% para 0,1%) e transporte (de 0,04% para 0,12%).
Segundo a Fipe, também houve contribuição do grupo alimentação. Os preços dos itens alimentícios recuaram em 0,12%, mas a intensidade dessa queda foi inferior à registrada na apuração anterior (-0,28%). Nos demais grupos usados para compor o índice, o ritmo de alta caiu. No quesito despesas pessoais, o IPC médio passou de 0,3% para 0,11%, o que mostra que o cidadão está impelido a mudar continuamente os seus hábitos de consumo como forma de fazer com que o salário acabe junto com o mês, uma vez que a inflação já corrói o suado dinheiro do trabalhador. Em saúde (de 0,94% para 0,69%); em vestuário (de 0,88% para 0,68%) e em educação (de 0,03% para 0,02%).
O recuo nos preços de alimentos processados (não in natura) a explicação é simples. Com o objetivo de manter o mercado, os fabricantes passaram a promover pequenas reduções na qualidade dos produtos, que só são percebidas com doses extras de atenção. Reforçando o que temos noticiado com insistência, tiveram a qualidade comprometida produtos como papel higiênico, produtos de limpeza e de higiene pessoal, produtos lácteos e sucos.