Ministério Público de SP amolece e defende acordo com vândalos que depredaram a capital paulista

(Foto: Evelson de Freitas - Estadão)
Caos oficializado – O Ministério Público de São Paulo está a um passo de oficializar a baderna no estado. Depois do vandalismo patrocinado por pseudo-manifestantes que protestam contra o aumento das tarifas de transporte público, o promotor de Justiça Maurício Ribeiro Lopes participou do encontro com os criminosos integrantes do movimento de aluguel, que deixou rastros de destruição na maior cidade brasileira.

Lopes levará ao governador Geraldo Alckmin e ao prefeito Fernando Haddad uma proposta que prevê a redução da tarifa para R$ 3 (valor que vigia antes do aumento), com a contrapartida de que o Movimento Passe Livre deixe de realizar protestos na capital paulista. O acordo, que é um escandaloso desrespeito à lei, contempla uma trégua de 45 dias e foi decidido na tarde desta quarta-feira (12).

Durante o encontro, que contou coma participação de representantes do governo estadual e da prefeitura paulistana, foi criada uma comissão que analisará as planilhas de custos das empresas e a composição das tarifas de transporte público com o objetivo de identificar a possibilidade de suspender o reajuste que teve como referência a inflação acumulada nos últimos dozes meses.

Caso concorde com a proposta que será apresentada pelo Ministério Público estadual, o governador Geraldo Alckmin cairá em mais uma armadilha do Partido dos Trabalhadores, que intenta tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes.

Qualquer diálogo com os manifestantes só deve existir a partir do momento que todos os prejuízos causados ao patrimônio público e privado sejam integralmente ressarcidos. Concordar com esses baderneiros é passar a mão na cabeça de criminosos e aceitar a instalação da anarquia no País. A legislação brasileira, mesmo que falha, está em pleno vigor e a Constituição Federal estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. E isso vale para direitos e deveres.

O promotor José Maurício Lopes disse durante a audiência que acionará a defensoria pública para auxiliar os manifestantes presos durante a baderna da noite de terça-feira (11). Trata-se de um absurdo, pois enquanto organizavam os protestos esses criminosos não precisaram de ajuda. Presos, agora posam de coitados.

Se o governador Geraldo Alckmin amolecer, por certo terá de guardar seu projeto de reeleição, pois a extensa maioria da população condena essa complacência com criminosos que não lutam pela redução de R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus, mas pela instalação do caos a mando de oportunistas políticos.