Geraldo Alckmin se apequena, abandona a contundência do discurso e elogia os vândalos de SP

Frouxidão política – Beira o incompreensível a postura oscilante do governador Geraldo Alckmin diante dos protestos que têm destruído a cidade de São Paulo sob o pretexto de que as tarifas do transporte público precisam ser reduzidas.

Há dias, Alckmin se referia aos manifestantes como vândalos e criminosos, mas a preocupação com a campanha pela reeleição obrigou o governador a mudar o discurso. Nesta segunda-feira (17), o tucano elogiou os líderes do Movimento Passe Livre (MPL) pela disposição de dialogar com o governo.

A postura de Geraldo Alckmin é vexatória, pois na reunião com o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, os líderes do movimento se recusaram a definir um trajeto para o protesto que, mesmo pacífico, deve dificultar ainda mais o sempre caótico trânsito da maior cidade brasileira. Durante o encontro na Secretaria, os líderes do MPL disseram que somente ao longo da manifestação informarão à Polícia Militar o trajeto que será seguido.

Literalmente perdido e sem pulso algum nesse episódio, Alckmin disse que o papel da Polícia Militar, que não usará balas de borracha e bombas de efeito moral, será de proteger os cidadãos que não participarão do protesto. Uma balela desmedida, pois o próprio governo vem apelando aos empresários para que dispensem os funcionários pelo menos uma hora antes do início da manifestação.

Os líderes do MPL se recusam a qualquer acordo, assim como não querem debater o tema com as autoridades em locais do governo estadual ou da prefeitura. A exigência agora é que o debate seja realizado no Sindicato dos Jornalistas, o que mostra não apenas a politização do movimento, mas também e principalmente sua partidarização.

A instabilidade política e social que a esquerda está promovendo na capital paulista tem o objetivo de enfraquecer o governador Geraldo Alckmin, abrindo caminho ao PT para tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista. Quando isso acontecer, a “cubanização” do Brasil estará completa, restando apenas comunicar o povo sobre a tragédia que despontará no horizonte.