Fugindo da raia – Depois de ter confirmado presença no Estádio Governador Plácido Castelo (Castelão), em Fortaleza, onde a seleção brasileira enfrenta o onze mexicano em partida válida pela Copa das Confederações, Dilma Rousseff simplesmente não apareceu. A presidente, que no último sábado (15) enfrentou uma sonora vaia no Estádio Mané Garricha, evitou passar novo constrangimento, que prometia ser ainda maior por causa da repercussão das manifestações que se esparramam pelo País.
Antes do início da partida, pelo menos 25 mil manifestantes foram às ruas da capital cearense e bloquearam o acesso em duas das quatro vias de acesso à arena esportiva. A Polícia Militar agiu para impedir o avanço dos manifestantes na área de segurança determinada pela FIFA. Para conter os integrantes do protesto, que estavam divididos em dois grupos, a PM cearense usou balas de borracha.
Dilma e seus mais próximos assessores continuam insistindo em buscar uma solução para a questão das tarifas de transporte público, com o objetivo específico de ajudar o prefeito paulistano Fernando Haddad encurralar politicamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. O objetivo do PT, apesar dos protestos, é tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.
Uma eventual redução nas tarifas do transporte em algumas cidades não garante o fim das manifestações, como querem os palacianos. Diante dos desdobramentos dos protestos, que ganharam força há uma semana, Dilma entrou em desespero e cometeu o desatino de viajar para São Paulo a fim de se reunir com Lula e um marqueteiro petista. Uma atitude absurda, que confirma que Dilma não tem pulso de governante e que o País está à deriva em termos políticos.