Governo do PT não ouve a voz rouca das ruas e anuncia aumento de gastos com as obras da Copa

Tapa na cara – A falta de sensibilidade dos petistas palacianos é simplesmente absurda, a ponto de o staff presidencial não ter controle sobre o que fazem os ministros de Estado em um momento de crise política. Horas depois de o País parar diante das imagens de milhares de manifestantes protestando em doze capitais contra a corrosão do Estado, o Ministério do Esporte anunciou, na terça-feira (18), durante entrevista coletiva no Maracanã, aumento no orçamento das obras para a Copa de 2014, que saltou de R$ 25 bilhões para R$ 28 bilhões. E em julho próximo deve ter anúncio semelhante.

Nos protestos, os manifestantes condenavam os gastos bilionários do governo federal com a Copa, enquanto setores como educação, saúde, infraestrutura e transporte, entre outros, são contemplados com a incompetência crescente de um governo paralisado. Isso mostra a pouca importância que o governo da teatral Dilma Vana Rousseff dá à população, que chegou ao ponto máximo do próprio limite. O que prova que a presidente, ao contrário do que afirma, nem de longe Dilma está escutando a voz das ruas.

Como noticiamos anteriormente, qualquer protesto contra a Copa deveria ter sido feito à época do anúncio da FIFA, em 31 de outubro de 2007, quando o Brasil foi confirmado como sede da edição de 2014 do certame mundial de futebol. Na ocasião, o ucho.info condenou com veemência, classificando como equivoco a decisão da FIFA e irresponsabilidade a atitude do governo brasileiro.

O governo federal, sempre escorado por alguma desculpa esfarrapada, alega que os estádios erguidos com o dinheiro público para abrigar jogos da Copa do Mundo deixarão um legado à população. Esse é o tipo de justificativa mentirosa, pois alguns estádios – pelo menos quatro (Cuiabá, Manaus, Natal e Brasília) – são considerados “elefantes brancos” desde o assentamento do primeiro tijolo. O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, custou aproximadamente R$ 1,3 bilhão, montante que as autoridades consideram normal para uma obra como a que serviu de palco para a sonora vaia dedicada à presidente Dilma. Ademais, ainda não foram cumpridas as promessas do governo acerca das obras no entorno dos estádios. O máximo que se viu foi pessoas sendo retiradas de suas casas para dar lugar à utopia dos governantes.

Para que o leitor tenha noção da magnitude do absurdo, empresários do ramo de entretenimentos se recusam a construir no Brasil estádios cujo orçamento supere a marca de R$ 400 milhões, pois o retorno do investimento é extremamente demorado e duvidoso. Como o dinheiro público na prática não tem dono, o governo se vê no direito de cometer sandices bilionárias. Em um país minimamente sério, os políticos envolvidos nessa operação da Copa do Mundo já estariam contemplando o nascer do astro-rei de maneira geometricamente distinta.