O céu é o limite – Nada pode ser mais galhofeiro do que qualquer explicação sobre a crise econômica balbuciada pelo ainda ministro da Fazenda, Guido Mantega. Há dias, diante da curva de alta seguida pelo dólar, Mantega disse que o governo tem munição de sobra para conter essa disparada da moeda norte-americana, que se dá na esteira de coquetel que mistura o cenário internacional e a crescente desconfiança que paira sobre a economia brasileira.
A fala de Guido Mantega tem como base os US$ 300 bilhões de reservas nacionais, mas esse montante há de se tornar pequeno se o Banco Central for obrigado a intervir sucessivamente no mercado de câmbio, mesmo que seja para vender contratos de swap cambial, o que tem atraído o interesse de quem busca garantir o valor das dívidas em dólar e proteger o patrimônio, que é o caso das multinacionais.
Somente na manhã desta quinta-feira (20), o BC torrou, sem sucesso algum, pero de US$ 3 bilhões em contratos futuros, ou seja, 1% do montante que dá segurança a Guido Mantega para fazer afirmações ufanistas, capazes de levar a um ataque de nervos qualquer estudante que acaba de pegar o diploma de economista.
Por volta do meio-dia desta quinta-feira, a moeda norte-americana gravitava na casa dos R$ 2,28, sendo que o mercado espera que até o final do dia a cotação alcance a marca de R$ 2,30.
Como sempre acontece, o governo petista de Dilma Vana Rousseff, a “gerentona inoperante”, agiu tardiamente para conter a saída de dólares do mercado nacional. Com as medidas adotadas pelo Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) e o lento e contínuo enxugamento da liquidez norte-americana, a tendência é que investidores levem suas economias para a Terra do Tio Sam.
Esse êxodo de dólares acontece no momento em que o Brasil precisa do ingresso do capital estrangeiro, sem contar a importância de uma desvalorizada moeda-norte-americana para o controle da inflação, algo que Dilma Rousseff garante estar sob as rédeas palacianas.
Mesmo diante de números absolutamente incontestáveis, o PT continua acreditando que é o derradeiro poço de soluções para um país que escorre pelo ralo da incompetência. Enfim, como disse certa vez o fugitivo Lula, um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.