Setores da imprensa defendem a postura obtusa de Dilma diante da crise política que balança o País

Sob medida – Nada é mais repugnante do que uma imprensa genuflexa e obediente às ordens de um governo corrupto e golpista. Braço avançado do PT na tentativa de atropelar a democracia, o que facilitaria a instalação de um regime de exceção, Dilma Rousseff anunciou um pacto como forma de responder aos protestos das ruas, mas mesmo diante do incontestável fracasso alguns jornalistas estão a defender a presidente.

Na última sexta-feira (21), quando interpretou com certo nervosismo um pronunciamento à nação, Dilma disse que conversaria com representantes dos descontentes com os rumos do Brasil.

Como a palavra da extensa maioria dos políticos vale tanto quanto uma nota de R$ 3, Dilma cumpriu a promessa a seu modo, sempre atendendo às determinações da cúpula do Partido dos Trabalhadores.

Os primeiros a serem recebidos no Palácio do Planalto foram os líderes do Movimento Passe Livre, um grupo de anarquistas radicais que fazem as vontades da esquerda verde-loura. O grupo saiu da sede do governo a bordo do descontentamento, mas isso não incomodou os palacianos, apesar das críticas. Dilma recebeu os representantes do MPL não por vontade própria, mas para evitar que o PT a acuse de não dialogar com setores da sociedade.

Para dar continuidade a essa farsa oficial, a presidente recebeu em reunião, na segunda-feira (24), governadores e os prefeitos das capitais, que ao deixarem o encontro não esconderam a indignação com a falta de sensibilidade de Dilma, que insiste em dividir o ônus de um governo incompetente e paralisado. A reunião no Palácio do Planalto serviu para Dilma aparecer diante da população como alguém que é defensora do diálogo, quando se sabe que sua disposição para isso é quase nula.

Nesta terça-feira (25), Dilma reuniu-se com os presidentes dos Poderes Judiciário e Legislativo, ministro Joaquim Barbosa e senador Renan Calheiros, respectivamente, além do presidente nacional da OAB, Marcus Vinícius Furtado.

O próximo capítulo dessa ópera bufa será o encontro com líderes de movimentos do campo, como MST e Contag, entre outros, e dirigentes das centrais sindicais, entre as quais a CUT, CGT, CGTB, Conlutas Nova Central. Dilma também receberá em palácio, na quarta-feira, representantes da UNE e de entidades ligadas a movimentos negros.

No final da fila estão eventuais líderes de movimentos que atuam na internet, em especial nas redes sociais. Ou seja, Dilma só dialoga com quem diz amém. O que confirma a declaração do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que a interlocutores disse sem constrangimentos: “Ela não ouve ninguém”.