Muito criticada e já descartada pelo governo, proposta de constituinte específica é ameaça à democracia

Tiro errado – A proposta feita pela presidente Dilma Rousseff de realização de plebiscito para decidir sobre a reforma política foi um enorme fiasco e encontrou dura resistência da opinião pública, inclusive na sempre obediente base aliada do Congresso Nacional.

Nesta terça-feira (25), muitos foram os discursos nos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados contra a proposta que atenta contra o ordenamento jurídico do País e atropela a Constituição Federal, além de ignorar as prerrogativas do Poder Legislativo. Acostumados a ignorar conjunto legal do País, como se vivêssemos à sombra do criminoso vale-tudo instituído pelo Partido dos Trabalhadores, os palacianos tentaram impor de forma sorrateira um atalho para o golpe.

Desde que chegou ao poder central, com Luiz Inácio da Silva se instalando democraticamente no Palácio do Planalto, o PT focou suas ações em um projeto de poder totalitarista, que nos últimos anos avançou rápida e assustadoramente. Tudo com a conivência de uma sociedade preguiçosa em termos políticos.

O grande perigo da convocação de uma constituinte é abrir, de forma supostamente legal, espaço para que o Brasil passe por um processo semelhante ao que existe na Venezuela, onde os donos do poder, todos chavistas, promovem constantes mudanças constitucionais para sufocar aqueles que os incomodam.

Os brasileiros de bem, aos quais sempre nos referimos de maneira insistente, precisam estar atentos à movimentação palaciana, pois é grande o desejo da esquerda nacional de instalar no País um regime de exceção, o que os comunistas contemporâneos costumam chamar de ditadura ideal.