Casa Civil veta projeto de lei inócuo que confirma a incompetência da maioria dos congressistas

Sem explicação – Os palacianos tentam mostrar à população que o País está sob controle, situação impossível quando o governo é incompetente e os políticos seguem o mesmo caminho. Custando aos contribuintes aproximadamente R$ 130 mil mensais, deputados e senadores conseguem a proeza de cometer erros inaceitáveis.

Atual ministro da Pesca, o senador Marcelo Crivella (PSC-RJ) apresentou, em 2005, projeto de lei que cria o “Dia da Celebração da Amizade Brasil-Israel”. O PL 56/2005 fixou o dia 29 de novembro como a data da mencionada comemoração.

Sem se preocupar com o que acontece ao redor do planeta, nem mesmo com as datas comemorativas já estabelecidas, Crivella avançou em seu projeto como se o Brasil fosse o centro do universo. Acontece que a Organização das Nações Unidas estabeleceu anteriormente o dia 29 de novembro como o “Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina”, em referência à partilha do território do mandato britânico da Palestina em dois Estados. Ou seja, o dia 29 de novembro é muito mais importante ao povo palestino.

Considerando que os parlamentares contam com um séquito de assessores em seus gabinetes, além das muitas assessorias existentes no Congresso Nacional, esse tipo de erro mostra como os políticos decidem os destinos de um país que há séculos é refém da incompetência da extensa maioria dos homens públicos.

A Casa Civil da Presidência da República, nos termos do § 1o do art. 66 da Constituição Federal, vetou integralmente o PL “por contrariedade ao interesse público”. A situação é ainda mais vexatória porque o plenário do Senado Federa aprovou um projeto absolutamente inócuo, depois da anuência das comissões de mérito.

Todo esse imbróglio explica o fato de o Brasil encontrar-se estacionado, há décadas, na condição do futuro, que por certo demorará alguns séculos a chegar.