Deputados descartam realização imediata de plebiscito para a reforma política

Morrendo na praia – Como antecipou o ucho.info, a realização do plebiscito para a reforma política, com efeitos para 2014, foi descartada nesta terça-feira (9) durante encontro de líderes partidários. Durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, apenas o PT defendeu a realização da consulta popular, apesar de alguns parlamentares petistas terem reconhecido anteriormente a inviabilidade da proposta apresentada por Dilma Rousseff.

Parte do PT buscava, de forma sorrateira, conseguir da população um passe livre para sacramentar o golpe que falta para a implantação no Brasil do socialismo chicaneiro que levou a vizinha Venezuela ao desmonte.

A dificuldade em levar adiante o projeto palaciano ficou evidente no momento em que Tribunal Superior Eleitoral afirmou ser necessária antecedência de pelo menos setenta dias para a realização do plebiscito, depois de o Congresso aprovar o respectivo decreto legislativo. Com isso, o pacto de cinco pontos apresentado por Dilma Rousseff após as manifestações populares se desmonta.

De acordo com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), o partido defende a realização do plebiscito em 2014. “PMDB quer o plebiscito junto com a eleição de 2014, para reduzir custos. Qualquer outra alternativa o PMDB não aceita”, declarou Cunha.

A realização do plebiscito juntamente com as eleições do próximo ano só será possível se as perguntas aos eleitores forem objetivas e binárias, pois do contrário serão necessários três dias para a votação. Ademais, os eleitores precisam ser instruídos sobre os temas que serão abordados na consulta. Em um país cuja população é formada, em parte, por analfabetos funcionais, não é difícil imaginar o que acontecerá com o cidadão ao se deparar com uma pergunta sobre voto distrital, voto distrital misto e outros quetais.