Deputado oposicionista quer abrir a caixa preta do grupo EBX, mas caso JBS Friboi também merece atenção

Lupa na mão – Deputado federal pelo PSDB de São Paulo, Vaz de Lima, que integra a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), trabalha para que o BNDES e a Caixa Econômica Federal detalhem as respectivas participações nas empresas de Eike Batista.

Em requerimento, o parlamentar solicita a convocação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, além dos presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, Luciano Coutinho e da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda.

O castelo de areia erguido por Eike Batista começou a desmoronar recentemente, o que fez com que suas empresas derretessem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), causando enorme apreensão no mercado financeiro e principalmente aos que apostaram suas economias no grupo EBX.

A chance de o requerimento do tucano Vaz de Lima ser aprovado pela Câmara é quase remota, pois a chamada base aliada deve barrar o pedido que abriria a caixa preta do Partido dos Trabalhadores e colocaria as duas instituições financeiras (Caixa e BNDES) em situação difícil.

Contudo, não é apenas a relação do BNDES e da Caixa com as empresas “X” que deve ser detalhada aos brasileiros. O frigorífico JBS Friboi conseguiu, nos últimos anos, benesses iguais ou maiores com ambas as instituições, apesar de toda a polêmica que gravita na órbita da empresa comandada pela família Batista. Como se não bastasse, cresce a cada dia, na região Centro-Oeste, a desconfiança sobre eventuais sócios ocultos do JBS Friboi.