Enquanto aguarda recursos dos royalties, Educação poderia contar com matérias paradas no Congresso

Má vontade – Como sabem os brasileiros, o projeto que trata da distribuição de recursos dos royalties de petróleo para a educação e a saúde teve a votação adiada para agosto. Essa matéria não solucionará de forma imediata os problemas que há décadas se arrastam em ambos os setores, pois o dinheiro que será investido ainda está nas profundezas oceânicas e pode demorar a vir à tona.

Tanto o governo quanto os parlamentares, que há muito estão agarrados à matéria como se fosse a tábua da salvação, sabe das dificuldades que rondam a questão, mas ludibriar a opinião pública parece ser a especialidade maior dos políticos brasileiros.

Há no Congresso vários projetos que contemplam a educação, que começariam a aliviar o setor caso fossem aprovados, além de produzir resultado imediato. Acontece que a classe política brasileira está viciada em temas que dão visibilidade, mesmo que inócuos sejam.

Um desses projetos, idealizado pelo editor do ucho.info, é a isenção de IPI, PIS e Confins sobre o material escolar. Depois de árdua batalha para ser votada no Senado, a matéria encontra-se parada na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados à espera de alguém com sensibilidade suficiente para liderar sua aprovação.

Uma vez aprovada a matéria, a União não sentiria a correspondente perda de arrecadação, mas a redução dos preços dos produtos proporcionaria economia aos consumidores. Para que os leitores tenham ideia da volúpia arrecadatória do Estado, uma simples caneta esferográfica carrega no preço final 47% de carga tributária. Ou seja, antes de chegar à escola o cidadão é assaltado pelo Estado.

Confira abaixo a carga tributária que incide sobre alguns materiais escolares

Agenda escolar (43,19%)

Apontador (44,39%)

Borracha escolar (43,19%)

Caderno universitário (34,99%)

Caneta (47,49%)

Cola branca (42,71%)

Estojo para lápis (40,33%)

Fichário (39,38%)

Lápis (36,19%)

Livros escolares (15,12%)

Mochilas (39,62%)

Papel pardo (34,99%)

Papel sulfite (37,77%)

Pastas plásticas (40,09%)

Régua (44,65%)

Tinta guache (36,13%)

Tinta plástica (36,22%)